Flickr/European University Institute

Vaga na Suprema Corte dos EUA favorece campanha republicana

21.09.20 18:04

Com a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg (foto) na sexta, 18, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou o processo para substituí-la. Como os republicanos têm 53 das 100 cadeiras no Senado, eles poderiam aprovar um nome antes das eleições de 3 de novembro, mas ao menos duas senadoras republicanas já reprovaram a pressa. De qualquer forma, Trump anunciou que divulgará um nome para o tribunal até o final desta semana.

A ansiedade de Trump em preencher o cargo rapidamente fez com que a Suprema Corte entrasse como um dos temas das eleições, cujos debates estavam centrados na economia, na pandemia do coronavírus e nas tensões raciais. Do lado dos democratas, pouca coisa muda. “A possibilidade de escolher uma juíza progressista certamente aumentará a arrecadação para a campanha de Joe Biden, mas isso não necessariamente conquistará novos eleitores”, diz o cientista político americano Michael Munger, da Universidade de Duke.

Entre os republicanos, a vaga na Suprema Corte terá um papel muito mais importante. “Muitos apoiadores moderados de Trump estão insatisfeitos com sua gestão da pandemia e com a crise econômica. A escolha para a Suprema Corte pode servir para tirar a atenção desses dois temas”, diz Munger. “Trump poderá usar a questão da Suprema Corte para lembrar seus eleitores de que está mudando Washington e ‘drenando o pântano’, como ele diz. Sob esse ponto de vista, isso claramente beneficia os republicanos.”

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