STF

Toffoli defende Coaf no Banco Central e diz que Lava Jato ‘não é instituição’

12.08.19 17:39

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), defendeu nesta segunda-feira, 12, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, para o Banco Central, decidida pelo presidente Jair Bolsonaro. No mesmo debate promovido pelo Lide, em São Paulo, Toffoli criticou o entendimento de que a operação Lava Jato seja uma instituição.

“A solução que o ministro Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro estão dando ao tema é muito correta do ponto de vista internacional: colocar o Coaf no Banco Central para evitar que um determinado ministério, que um determinado local seja aquele que apure, que investigue, que fiscalize. Você fazendo a descentralização, isso é equilíbrio entre os poderes”, declarou o presidente do STF no debate.

Ao tratar da Lava Jato, Toffoli afirmou que a operação é fruto de acordos republicanos entre os três poderes, e que a operação “não manda nas instituições”.

O presidente do Supremo reclamou que qualquer reação de alguns dos poderes à Lava Jato é percebida como uma tentativa de acabar com a investigação. “Não se pode permitir na República que algo se aproprie das instituições”, alertou Toffoli.

“A Operação Lava Jato é fruto da institucionalidade, não é uma instituição”, disse o ministro. Em seguida, afirmou que “um país não se faz de heróis, se faz de projetos”.

Toffoli defendeu pela manhã, em uma conferência promovida pelo banco Santander, a redução da Constituição brasileira. “Sou a favor da desidratação da Constituição Federal”, disse o ministro do STF durante sessão de perguntas e respostas no evento.

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