Rovena Rosa/Agência Brasil

Skaf anuncia apoio a Bolsonaro

04.10.18 15:35

O candidato do MDB a governador de São Paulo, Paulo Skaf, acaba de anunciar apoio ao candidato do PSL a presidente, Jair Bolsonaro.

Em uma entrevista, ele disse que “não seria ruim que ele fosse presidente” e que a eleição acabasse já no primeiro turno. “Eu creio que para o Brasil seria bom porque definirá uma situação que no segundo turno se correria o risco de qualquer outro resultado. Seria um risco o PT ganhar. O PT já teve uma oportunidade e nós já vimos o resultado. Creio que neste momento o que o Brasil está precisando é de um governo diferente, um governo com seriedade absoluta, sem corrupção de nenhum tipo e que realmente pense no Brasil.”

O apoio dele a Bolsonaro significa antes de tudo o apoio do PIB a Bolsonaro, uma vez que se trata de um ex-presidente da Fiesp. Há relatos no seu entorno de que a onda favorável ao militar tem crescido nesta semana em São Paulo e Skaf pretende entrar nesta onda em um momento em que seu principal adversário, João Dória, do PSDB, distancia-se dele nas pesquisas. O atual governador e candidato à reeleição, Márcio França, do PSB, também está se aproximando de Skaf.

Na entrevista, Skaf ainda listou semelhanças entre ele e Bolsonaro. “Ele tem como prioridade educação, segurança. São as minhas prioridades. Enfim, cuidar da população de verdade. Nas questões econômicas o que ele defende está na linha do que defendo. De menos estado, de uma economia liberal.”

Questionado se já abandonou o candidato do seu partido, Henrique Meirelles, ele disse que segue trabalhando para ele. Mas deixou claro que vê com “bons olhos” uma vitória de Bolsonaro no primeiro turno. “Sigo trabalhando para Henrique Meirelles. Mas considerando a situação deste cenário entre PT e Bolsonaro, vejo com bons olhos (se Bolsonaro ganhar no primeiro turno) e o Brasil define essa situação e não correria risco em um segundo turno.”

Na verdade, o movimento de Skaf se assemelha ao que Doria tem feito nos últimos dias. Na semana passada, em entrevista a Crusoé, ele disse que não haveria hipótese de caminhar com o PT em um eventual segundo turno. Na terça-feira, repetiu em suas redes sociais que não haveria a menor chance de isso ocorrer.

 

 

 

 

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