Agência Brasil

PSDB e MDB perdem maior número de prefeituras, mas mantêm capitais; DEM e PP crescem e PT é varrido

29.11.20 21:37

As eleições municipais deste ano marcaram uma queda significativa do número de prefeituras administradas por PSDB e MDB em todo o país e um salto expressivo do DEM e do Progressistas.

Maior vitoriosa na eleição passada, em 2016, a legenda tucana perdeu 265 cidades em relação há quatro anos — caiu de 785 para 520, um recuo 33,7%. Já os emedebistas vão administrar menos 251 municípios — 784 ante 1.035 em 2016, uma queda de 24%.

Apesar do encolhimento no balanço nacional, o MDB é o partido que governará mais capitais a partir de 2021: serão cinco ao todo, as maiores delas são Porto Alegre e Goiânia, seguido por PSDB e DEM, com quatro capitais cada. Essas duas legendas governarão os dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.

O DEM, que é presidido pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (foto), foi o maior vitorioso desta eleição, com um aumento de 74% no número de prefeituras conquistadas — foram 464 agora ante 266 em 2016, ou seja, 198 a mais. Em seguida aparecem o PP, com 190 municípios a mais, e o PSD, com um acréscimo de 117.

O PP, ao lado de PSD, PDT e PSB, conquistou duas capitais. A maior delas ficou nas mãos do partido comandado por Gilberto Kassab, o PSD, com a vitória de Alexandre Kalil em Belo Horizonte, ainda no primeiro turno.

O desfecho do segundo turno consolidou o cenário trágico do PT, que foi varrido do mapa das capitais — não conquistou nenhuma pela primeira vez na história — e ainda perdeu 71 prefeituras em relação a 2016, quando o partido imaginava ter atingido o fundo do poço em razão do impacto provocado pela Operação Lava Jato e pelo impeachment de Dilma Rousseff.

Além de ficar sem nenhuma capital — perdeu o segundo turno em Recife e Vitória — o partido fez apenas 183 prefeituras, um número inferior ao que conquistou em 2000, pouco antes de chegar ao poder com Lula, em 2002. De 2016, quando fez 254 prefeituras já em crise, incluindo uma capital, Rio Branco, o partido despencou para 183 municípios conquistados neste ano.

Além das duas capitais, o partido também perdeu neste segundo turno as eleições em Guarulhos, na Grande São Paulo, Feira de Santana, na Bahia, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. As vitórias mais simbólicas ocorreram em Diadema e Mauá, as duas únicas conquistadas pela sigla na região do ABC, antigo cinturão vermelho.

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