Valter Campanato/Agência Brasil

Procuradores-chefes do MPF saem em defesa de colegas da Lava Jato do Rio

21.10.21 17:30

Um grupo de 37 procuradores-chefes de unidades do Ministério Público Federal assinou uma nota em solidariedade a colegas da extinta força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Na última terça-feira, 19, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu processo disciplinar contra 11 procuradores que participaram das investigações.

A representação contra os procuradores da Lava Jato do Rio foi feita com base em um pedido da defesa dos ex-senadores Edison Lobão e Romero Jucá, denunciados pelo Ministério Público Federal no Rio por corrupção nas obras da usina nuclear de Angra 3. Eles argumentam que os procuradores divulgaram dados que estavam sob sigilo em um release publicado no site do Ministério Público Federal no qual informavam sobre a denúncia oferecida contra os caciques do MDB, como valores supostamente pagos em propina aos políticos.

Os chefes de unidades do MPF defenderam a atuação dos colegas. “Ser membro do Ministério Público é representar a sociedade, com serenidade, na promoção da Justiça, e na defesa da lei, e os citados colegas nada de diferente fizeram no episódio, no qual limitaram-se, de forma absolutamente legal, a cumprir corriqueira obrigação constitucional de dar publicidade à atuação de um órgão de estado”, afirmaram os procuradores-chefes na nota divulgada nesta quinta-feira.

“A injustiça dói, ademais a quem é atingido cumprindo seu dever, e tanto se dedicou a recuperar o estado e a coisa pública, notadamente no estado do Rio de Janeiro. Que tenham a certeza de que a dor que sentem é também sentida por seus colegas espalhados pelas unidades do MPF em todo o Brasil. Não estão, e não estarão sós. A Justiça prevalecerá”, acrescentaram os integrantes do MPF, na manifestação de solidariedade aos colegas.

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