Planalto fraco e escaldado

As investigações contra o presidente Michel Temer têm deixado o Palácio do Planalto cada vez mais escaldado. A Casa Civil, responsável pela publicação de medidas jurídicas do governo, diminuiu drasticamente o ritmo. A ordem é para que os cuidados sejam redobrados, sob pena de ampliar o volume de suspeitas que já pairam sobre o governo.

Ministérios têm sido avisados para tocar apenas decretos, medidas provisórias e projetos de lei que sejam estritamente necessários e precisem de máxima urgência. Por causa de um decreto assinado pouco depois de assumir o cargo (e de evidências pretéritas sobre cobrança de propinas), Temer teve sigilo bancário quebrado e está na mesma investigação que Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor especial do Planalto pilhado correndo com mala de 500 mil reais.