Foto: Presidencia de Colombia via Wikimedia Commons

Petro repete Chávez e fala em cortar relações com Israel

16.10.23 13:22

“Se há que se suspender as relações exteriores com Israel, as suspenderemos. Não apoiamos genocídios. Ao presidente da Colômbia não se insulta.”

As três frases abrem, em um forte tom, um comunicado escrito no último domingo (15) pelo presidente colombiano, Gustavo Petro (foto), em seu conta na rede X. Na última semana, o chefe de Estado colombiano entrou de carrinho na guerra entre Israel e o Hamas, comentando um vídeo onde o chefe do exército de Israel ordena o bloqueio a Gaza.

“Isso diziam os nazistas dos judeus”, escreveu Petro. “Os povos democráticos não podem permitir que o nazismo se reestabeleça na política internacional.” Para ele, a ação israelense só pode trazer “um Holocausto”. A combinação de palavras-chave —judeus, holocausto, nazistas— causou mal-estar em Tel Aviv, que chamou a embaixadora de Bogotá no país, Margarita Manjarrez, para uma “conversa de reprimenda”. No domingo (15), Israel anunciou a suspensão de exportações de material de defesa ao país caribenho.

Foi quando Petro replicou. “Do povo de Israel, peço a ajuda na paz da Colômbia e a ajuda na paz da Palestina e do mundo”, continuou Petro, antes do enlace final: “Algum dia o exército e o governo de Israel nos pedirão perdão pelo que fizeram seus homens em nossa terra, promovendo um genocídio. Me abraçarei com eles e elas e chorarão pelo homicídio de Auschwitz e Gaza, e pelo Auschwitz colombiano. Hitler será derrotado pelo bem da humanidade, pela sua democracia, pela paz e pela liberdade do mundo.”

Petro se refere, no comunicado a Raifal Eithan, militar israelense que teria treinado paramilitares nos anos 1980. Os combates contra as FARC e o narcotráfico, auxiliado pelo israelense, teriam promovido o “genocídio colombiano” na visão do presidente.

Ao menos neste ponto, Petro abraça as ideias de outro líder de esquerda latino—o ex-ditador venezuelano Hugo Chávez (1954-2013). Em 2010, Chávez disse que a história definiria o Estado de Israel como “genocida” e, bem ao seu estilo, garantiu que o país “se converteu no braço assassino do império ianque, que não se pode duvidar que é quem ameaça a todos”.

Leia mais: Guerra de Israel pode ser muito mau sinal para o Likud

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  1. Imagina se os colombianos também não estão sentindo a mesma vergonha que nós, brasileiros, sentimos a cada discurso imbecil do Lulinha paz e amor? Pai dos pobres, Mandela brasileiro, alma mais honesta do país. Meus Deus, quanta cegueira. América Latina continua se afundando.

  2. Se o genocidio e cometido péla Russia, tudo bem, não tem problema. A Colombia parece ter a sua versão do vagabundo de nove dedos.

  3. É o bloco latino-americano da camarilha de párias adoradores de párias seus pares, buscando palco, como sempre e pra variar.

  4. Esse turma da esquerda latino-americana parece ter fugido de um manicômio! Doida de pedra! Eu aconselho a leitura do livro: “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano” de Carlos Alberto Montaner!

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