Adriano Machado/Crusoé

MPF denuncia Maximiano e mais quatro por esquema de corrupção nos Correios

30.09.21 18:44

O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou Francisco Emerson Maximiano (foto) e mais quatro pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela participação em um esquema irregular em um contrato firmado entre a Global Saúde, de propriedade do empresário, e os Correios.

Os procuradores afirmam que, entre 2011 e 2014, Maximiano e parceiros pagaram 2,5 milhões de reais em propina a agentes públicos.

De acordo com o MPF, Maximiano ofereceu a Nelson de Freitas, à época vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, um Vale Medicamento“, modalidade de seguro que prevê a distribuição de remédios e era usado em outras empresas privadas e públicas, como a Petrobras.

O dono da Global Saúde fez a mesma proposta a José Rivaldo da Silva, então presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos. Silva embarcou no projeto com a anuência de Freitas. Conforme as regras do convênio, os Correios arcariam com parte dos custos do “Vale Medicamento“. Para burlar a lei e a obrigatoriedade de licitação, assinaram o contrato a Global e a Federação, que contava com recursos repassados pela estatal.

No início do projeto, quando a adesão dos trabalhadores ao programa era voluntária, Maximiano pagava propina mensal de 50 mil reais a Freitas e Alexandre Romano, ex-vereador do município de Americana. Depois, no momento em que o plano passou a ser obrigatório, o repasse saltou para 200 mil reais mensais. À época, a Global topou subir o valor das transferências irregulares porque, graças ao “Vale Medicamentos“, viu seu faturamento pular de de aproximadamente 800 mil reais para 3,2 milhões de reais.

Para tentar ocultar a origem dos valores pagos, Alexandre Romano usava empresas de fachada, que, em tese, prestavam serviços para a Global Saúde. Duas delas nem sequer tinham funcionários. O pagamento de propina também foi feito por uma corretora de seguros, da qual Romano foi sócio por apenas alguns meses, e até pela comercialização de imóveis.

Pivô do escândalo, a Global Saúde integra o quadro societário da Precisa Medicamentos, empresa que atuou como intermediária na negociação entre a Bharat Biotech e o Ministério da Saúde pelo fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin por 1,6 bilhão de reais. O contrato foi rescindido após a identificação de irregularidades.

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  1. Pessoal ,chapa nova e verdadeira para 22, eu acredito que eles por um ato de colocar o dedo na conciencia e não mentirem aos brasileiros, vão formar a chapa do “Unidos Jamais seremos Vencidos”, “Lulaladrao presidente e Bozogenocida Vice”; Claro se a Gadolandia quiser ao contrário, contrata um Robô de Juiz para ver quem vai ser presidente!! Muuuuuuuuuuuuuu

  2. Só uma perguntinha q ñ quer calar: Alexandre Romano, ex vereador de Americana, ñ é aquele das noites "quentíssimas" c/a nossa Barbie do PT, em hotéis 5 estrelas na Suiça, c direito a champagne e tudo o + pagos c $$ público? Paulo Bernardo, o grande ex chifrudo da Nação, deixou a vaga (de chifrudo) p Bolsonaro kkkkk A nossa Barbie petista parece q gosta msm é de vereador, o da vez é o "Lindinho". Até qdo a gente ñ sabe, mas, pelo q se vê, os escândalos ñ acabam nunca. Imagina se o PT volta?!

  3. Alguém me explica por favor, a malha fina do RF pegou milhares de brasileiros agora, como que essa malha fina da RF e o próprio COAF não pegam essa e muitas outras roubalheiras, corrupções e envio de altos valores para paraísos fiscais fora do Brasil? não consigo confiar mais nesse governo e nessas instituições, nem no stf, stj e pgr que so protegem poderosos e ninguém e preso. 2022 so mesmo a #3Via para começar a arrumar essa bagunça que essa Casta Politica jurídica social tomou conta do pais.

  4. Como tem ladrão do colarinho branco neste país acobertado por leis frouxas e um judiciario paquiderme, ineficiente, corporativista e desacredito na sociedade.

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