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México vai até Haia contra o Equador

10.04.24 11:43

O governo mexicano não quer que o rompimento de relações com o Equador, iniciado no sábado, 6, seja resolvido apenas com uma mensagem dura entre os dois países. O governo de Andrés Manuel López Obrador quer que a Corte Internacional de Justiça, em Haia, se manifeste sobre o assunto.

O conselheiro jurídico da Secretaria de Relações Exteriores do México, Alejandro Celorio, disse que o governo de seu país deve apresentar uma ação na corte internacional para amplificar sua mensagem contra o governo de Daniel Noboa.

“O que o México busca é que isso não se repita, claro, não só no Equador contra a embaixada do México e seu pessoal, mas contra nenhuma embaixada de qualquer país, incluída a do Equador em qualquer outro país do mundo”, disse Celorio ao canal de TV a cabo mexicano Milenio.

Ele continuou: “O que esperamos é da Corte Internacional de Justiça é uma confirmação do que disse o México: ‘Como o Equador atuou é uma violação ao direito internacional’ e que diga que os recintos e locais diplomáticos gozam de imunidade.”

Os dois países tinham uma relação diplomática sólida de 194 anos — que ruiu em algumas horas, após policiais sob o comando de Daniel Noboa invadirem a embaixada mexicana atrás de Jorge Glas, o ex-vice-presidente do país nos anos de Rafael Correa.

O político de esquerda havia sido condenado por um desdobramento da Lava Jato no país: ele havia sido gravado recebendo suborno da Odebrecht, que destinou cerca de 13 milhões de dólares ao político. Condenado pelo crime, Glas havia se refugiado em dezembro na embaixada do México, onde estava desde então.

O governo de Daniel Noboa chegou a pedir autorização para entrar na embaixada e levar o político, mas o governo mexicano, que tem tradições em garantir asilos em suas embaixadas, alegou imunidade para impedir a entrada — que acabou sendo feita à força no último sábado. Após o ato, condenado pela comunidade internacional, o governo de AMLO anunciou o rompimento de relações imediatamente.

Glas é apadrinhado político de outra figura de esquerda equatoriana — o ex-presidente Rafael Correa. Próximo de Lula e de outras figuras de esquerda na primeira “onda rosa” no continente, Correa também acabou condenado por corrupção — mas se exilou na Bélgica, de onde se mantém desde .

Leia mais na Crusoé: Como Guayaquil se tornou foco da rota do tráfico na América do Sul

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  1. Os equatorianos Ñ prenderam 1 "preso político". Prenderam 1 marginal corrupto s/ vergonha como os daqui, q seguem impunes p/ crimes "comuns-incomuns": ROUBAR O PAÍS E SEU POVO, razão pela qual a bandidalha toda daqui se alvoroça c/ medo e toma as dores dos marginais seus pares. Espaços diplomáticos Ñ podem tornar-se casamatas, abrigos e fortalezas de marginais ladrões, assassinos e mandantes de assassassinatos como quer o """mecanismo""" das facções e quadrilhas do ""crime político organizado"".

    1. TODOS os tipos de marginais: genocidas, serial killers, estupradores, invasores, terroristas, mandantes de assassinatos, ladrões, corruptos de todo gênero, ditadores, golpistas e demais criminosos afins (com o perdão pelas redundâncias) NÃO DEVEM ter lugar algum de segurança no planeta, fora dos PRESÍDIOS de 'REAL' SEGURANÇA MÁXIMA.

    2. O EQUADOR É QUE DEVE IR ATÉ HAIA PRA ACABAR COM ESSA PROMISCUIDADE PLANETÁRIA DAS EMBAIXADAS QUE DESOBEDECEM CLÁUSULAS DE TRATADOS INTERNACIONAIS QUE - JUSTAMENTE - PREVÊEM A DIFERENÇA ENTRE REFUGIADOS LEGÍTIMOS e marginais comuns.

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