Lembranças do ‘inferno’

O cientista político Alberto Carlos Almeida divulgou no Twitter o boletim do ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), no primeiro ano de estudos de economia na Universidade de São Paulo. Nele, há cinco notas zero.

O tuíte foi compartilhado, e Weintraub respondeu com um vídeo na rede social, confirmando o boletim e explicando as notas: o primeiro ano na universidade “foi um inferno”, contou na gravação. “Meus pais se separaram, teve o Plano Collor, minha família desmanchou, eu tive depressão e eu sofri um acidente horroroso em que tive que colocar um parafuso no braço”, contou o ministro no vídeo.

“Fiquei seis meses sem poder escrever, e só teve um professor que me deixou fazer prova oral”, lembra o ministro, ao mesmo tempo em que desabotoa a camisa e mostra a cicatriz deixada pelo acidente.

A USP não soube informar como o histórico escolar de Weintraub foi acessado, porque o sistema com essa informação é fechado e o dado é confidencial. Almeida publicou o boletim dizendo que ele mostrava que o ministro é que é “bom de balbúrdia”, em referência à palavra usada por ele em uma crítica a universidades federais. O cientista político acabou por lançar suspeitas sobre a segurança de dados da mais importante universidade do Brasil.