Interferência de Bolsonaro na PF: inquérito está há sete meses parado
Ao fim desta semana, o inquérito que investiga a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal vai completar sete meses parado. Suspensa em 17 de setembro de 2020 pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, a investigação permanecerá paralisada até que o plenário da corte decida se concede ou não ao presidente o...
Ao fim desta semana, o inquérito que investiga a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal vai completar sete meses parado. Suspensa em 17 de setembro de 2020 pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, a investigação permanecerá paralisada até que o plenário da corte decida se concede ou não ao presidente o direito de depor por escrito.
O julgamento chegou a ser marcado para 24 de fevereiro. Os ministros, no entanto, decidiram discutir apenas temas tributários naquela sessão. O adiamento foi estratégico. Naquele momento, o STF havia acabado de referendar a ordem de prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira, expedida por Alexandre de Moraes. O sentimento predominante na corte era de que seria melhor esperar distensionar o ambiente.
O formato do depoimento do presidente começou a ser examinado pelo Supremo em 8 de outubro. O STF analisa um recurso movido pela Advocacia-Geral da União contra a decisão em que o então relator do processo, Celso de Mello, determinou o interrogatório presencial. Durante sua despedida da corte, o então ministro afirmou em seu voto que o presidente da República, como os demais cidadãos, é "súdito das leis", ressaltando que "absolutamente ninguém" está acima da Constituição.
O presidente do STF, Luiz Fux, entretanto, interrompeu a votação. À época, o gesto foi lido como uma maneira de derrubar a decisão do decano sem constrangê-lo. Com a aposentadoria de Celso de Mello, o inquérito foi redistribuído e caiu nas mãos de Moraes, relator de outros dois processos incômodos para o Planalto: o que apura supostos ataques aos ministros da corte e o dos atos antidemocráticos.
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Comentários (8)
CARLOS H
2021-04-13 09:18:22Os membros do STF tem uma vida tão boa, cheia de salamaleques, mesuras e relações institucionais, que fica realmente difícil decidir qualquer coisa que não seja agradar. A população que vive longe do Lago Paranoá que se exploda!
CARLOS H
2021-04-12 17:59:01Enquanto isto o STF prefere julgar, única e exclusivamente, temas sem qualquer relevância, para desespero do contribuinte que banca a boa vida na corte (incluindo parlamento e executivo). Haja pizza para todo mundo!
DAISY
2021-04-12 17:32:04A interferência de qualquer Presidente da República no aparato policial do Estado é gravíssima e atenta contra a Democracia. O STF deveria agir com presteza, ao invés de ficar medindo a temperatura e escolhendo o melhor momento para enfrentar a questão, porque a INTERFERÊNCIA SE AMPLIA NESSE MEIO TEMPO.
MENEZES88
2021-04-12 14:37:44A GUILHOTINA ESTÁ AFIADA JÁ FAZ ALGUM TEMPO E O 'CARRASCO' ALEXANDRE DE MORAES ESPERA QUE O BOZO CONTINUE FAZENDO AQUILO QUE FAZ DE MELHOR, OU SEJA 💩 PARA PODER DAR ANDAMENTO NESTA EXECUÇÃO, POIS DE CADA 5 COISAS QUE O PALHAÇO ASSASSINO FAZ NO MÍNIMO 10 SÃO MERDAS..😂😂😂🚔⚔🔪☠
Ernesto
2021-04-12 09:58:07Não houve nada de extraordinário. Chefia da PF e ABIN é Presidente quem decide como foi com lula e todos q trocaram essas chefias várias vezes. Moro se precipitou. Até a GLOBO chama isso de "SUPOSTA TENTATIVA de interferência" e a Crusoé insiste em AFIRMAR a interferência. Hilário.
Maria
2021-04-12 09:41:03O mecanismo é implacável é insuportável. Pobre país!
ANTONIO
2021-04-12 08:47:59As suspeitas q justificaram o processo têm sido comprovadas por fatos . Não há interesse em concluí-lo.
Maria
2021-04-12 07:41:34Já tem muito mais provas para serem anexadas à este processo. É cristalina a intervenção do Bolsonero na PF. Dr. Moro avisou, corajoso que só, meteu a boca no trombone. O Supremo, mesquinho e covarde que é, não vai fazer nada. MS