Impasse jurídico trava investigação sobre propina a Ricardo Barros
Um impasse na Justiça paralisou a investigação sobre o suposto pagamento de propinas de 5 milhões de reais ao líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, do Progressistas. O Tribunal de Justiça do Paraná acolheu um pedido da defesa do deputado federal e tirou o caso da 12ª Vara Criminal, para enviá-lo à...
Um impasse na Justiça paralisou a investigação sobre o suposto pagamento de propinas de 5 milhões de reais ao líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, do Progressistas. O Tribunal de Justiça do Paraná acolheu um pedido da defesa do deputado federal e tirou o caso da 12ª Vara Criminal, para enviá-lo à Justiça Eleitoral. A investigação, que estava em via de ser finalizada, com a possível apresentação de uma acusação formal, agora aguarda um juiz eleitoral dizer de quem é a competência para conduzir o caso.
Barros é investigado por receber a quantia milionária da Galvão Engenharia à época em que integrou o governo do tucano Beto Richa, no Paraná. Em delação premiada, executivos da empreiteira afirmam que os pagamentos de propina tinham como objetivo facilitar negócios com a Copel, a estatal paranaense de energia. A instância máxima do Tribunal de Justiça local enviou a investigação à Vara Criminal.
Após ser alvo de busca e apreensão, Barros ingressou com um habeas corpus no TJ, sob o argumento de que, segundo os relatos dos colaboradores, o dinheiro da empreiteira teria como destino, na verdade, o abastecimento de sua campanha eleitoral, via caixa 2. A investigação foi paralisada no dia 21 de janeiro, quando o desembargador Luís Carlos Xavier suspendeu liminarmente o inquérito.
Os promotores que conduzem as investigações enviaram ao Tribunal de Justiça manifestações em que se opõem ao envio do caso à Justiça Eleitoral. No entanto, o procurador responsável por atuar na segunda instância deu um parecer favorável ao habeas corpus do deputado. "Ante o acima exposto, é o pronunciamento pelo conhecimento e concessão da ordem, para reconhecer a incompetência absoluta da Justiça Comum Estadual para processamento do feito, determinando-se a remessa dos autos à Justiça Eleitoral", disse.
Em fevereiro, o pedido da defesa foi julgado pela 2ª Câmara Criminal do TJ, que decidiu referendar a decisão liminar e enviar o caso à Justiça Eleitoral. Na prática, o juiz eleitoral poderá avaliar se, de fato, é competente para julgar o caso. Se decidir que há crimes eleitorais a serem investigados, o inquérito será enviado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco do Paraná, a um promotor eleitoral que ficará responsável por denunciar, ou não, o líder do governo Bolsonaro na Câmara.
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Comentários (10)
VOLMIR
2021-03-08 14:11:59É claro que o promotor eleitoral, vai salvar mais um safado do PP. E terá elogios do Capitão bozó . Justiça, só se for Divina. Nojentos !!!
AIRTON
2021-03-08 12:20:41É isso que dá termos politicos próximos de juizes e desembargadores.Enquanto não mudar esse sistemas não teremos justiça. Esse Barrosujo é corrupto!
ROMEU
2021-03-08 11:12:56Até quando o nosso sistema judicial continuará sujeito a essas manobras protelatórias? O cidadão comum anseia por uma lei realmente igual para todos. Chega de impunidades!
Silvino
2021-03-08 10:32:32Conforme a reportagem acima dificilmente esse sabujo terá condenação alguma. Enviar o processo à Justiça Eleitoral e ainda aguardar um juiz para assumir o caso é chover no molhado. Como sempre a origem de tudo passa por essa exigência da Suprema Tramóia Federal em atrasar tudo que está em fase final para emissão de parecer conclusivo. Imaginem um juiz do Estado do parlamentar emitindo uma setença desfavorável no caso, agora que o referido político tem atuação visível nos bastidores do poder.
BOCCA DELLA VERITÀ
2021-03-08 08:15:56o povo paranaense vai acertar as contas com este LAMBE BOTAS PROFISSIONAL em 2022. lambeu o PT por decadas e agora lambe o jair JUDAS . esse cara ENVERGONHA O PARANÁ
Wanderlei
2021-03-08 07:58:02Os escroques têm garantias nas diversas cortes.
PAULO
2021-03-07 21:39:32É uma análise tão simples para uma pessoa comum, como eu. Recebeu milhões da empresa. Onde foi parar o dinheiro? Resposta: foi usado em caixa 2. Então como o político vai provar que usou na campanha? Vai apresentar notas? Obviamente não. Então, como saber qual foi a destinação do dinheiro? Não tem como. Qual foi a gênese da situação? Milhões recebidos sem serem contabilizados. Decisão que uma pessoa comum daria. Devolução desse valor para o Estado, pois ñ existe café grátis, multa e cadeia.
MARCOS
2021-03-07 19:27:04Vai prescrever. Mais um.
Ana
2021-03-07 18:36:18Esse jogo de empurra que o Supremo inventou para emperrar processos é revoltante!!!
Jose
2021-03-07 18:02:43Claro, claro. A meta sempre foi a de proteger os Bozistas corruptos. Depois os Bozistas ainda tem vergonha na cara de falar de patriotismo, honestidade outros valores que eles nunca tiveram. Bozistas, vocês são delinquentes e genocidas!