
Greves pela volta da democracia paralisam Mianmar
07.03.21 18:10Desde que militares deram um golpe em Mianmar, no dia 1º de fevereiro, a população do país tem saído às ruas para pedir o retorno à democracia. Para conter os manifestantes, a recém-instalada ditadura ordenou o uso de munição real. Cerca de 60 pessoas já morreram nos confrontos. Outra forma de protesto, porém, pode ter impacto sobre os militares: as greves.
Organizados no Movimento de Desobediência Civil, o MDC, os trabalhadores têm faltado ao emprego aos milhares. Há várias semanas, bancários, marinheiros, ferroviários, motoristas, médicos e professores não dão expediente. Na última sexta, 5, paralisações ocorreram nas cidades de Yangon e Mandalay (foto).
O método já tinha sido usado em 1998, em uma outra onda de protestos contra a ditadura que fora instituída em 1962. Daquela vez, a repressão foi brutal e 3 mil pessoas morreram. Desta vez, as greves são ainda mais abrangentes. O sistema bancário e os transportes não funcionam. O país ficou praticamente paralisado.
Ao parar a economia, os manifestantes acreditam que podem enfraquecer a ditadura. A esperança deles é que os militares fiquem impossibilitados de pagar os salários de seus policiais e soldados, o que poderia rachar a obediência ao comandante Min Aung Hlaing, autor do golpe. Por ora, os responsáveis pelo golpe ainda não deram mostras de terem sentido o baque.
Continue sua leitura!
E aproveite o melhor do jornalismo investigativo.
Só R$ 1,90* no primeiro mês
O maior e mais influente site de política do Brasil. Venha para o Jornalismo independente!
*depois, 11 x R$ 14,90
CONFIRA O QUE VOCÊ GANHA
- 1 ano de acesso à CRUSOÉ com a Edição da Semana: reportagens investigativas aprofundadas, publicadas às sextas-feiras, e Diário, com atualizações de segunda a domingo
- 1 ano de acesso a O ANTAGONISTA+: a eletrizante cobertura política 24 horas por dia do site MAIS conteúdos exclusivos e SEM PUBLICIDADE
- A Coluna Exclusiva de Sergio Moro
- Podcasts e Artigos Exclusivos de Diogo Mainardi, Mario Sabino, Claudio Dantas, Ruy Goiaba, Felipe Moura Brasil, Carlos Fernando Lima e equipe
- Newsletters Exclusivas
Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.
*China.
Ditadura cai, Aung (boneca da Chegar na, literalmente) toma o poder e Myanmar vai ser um puxadinho do Vietnã. Ditadura continua, acontece essas coisas.
* China.
Militares, como sempre, gerando desgraça. Tanto lá como aqui.