Brasília (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Fiscal diz que foi incluída sem saber em lista de beneficiados pela BRF

13.10.19 08:21

Alvo da fase mais recente da Operação Carne Fraca (foto), que levou ao afastamento de 39 fiscais suspeitos de receber vantagens indevidas da BRF, como plano de saúde, a servidora federal Melissa Muniz Freire afirmou à Justiça Federal que a BRF teria lançado seu nome de forma “criminosa” na relação dos que eram beneficiados com o plano de saúde da companhia. Melissa pede para voltar imediatamente ao seu cargo.

“Salta aos olhos a inveracidade da inserção, até criminal, dos dados da dra. Melissa Muniz Freire no Sistema de Gestão da BRF, como beneficiária de algo que ela nunca teve, pediu, solicitou ou aceitou”, diz a petição da defesa da fiscal, protocolada no dia 10 na Justiça Federal em Ponta Grossa, no Paraná.

Os registros do sistema interno da BRF ajudaram a embasar as buscas da operação. No caso de Melissa, porém, ela alega que foi incluída indevidamente pela BRF e associada a planos de saúde em Santa Catarina, embora atue desde 2007 em São Paulo. A servidora acrescenta ainda que não atuava no Serviço de Inspeção Federal ou de produtos de origem animal.

O juiz federal Andre Duszczak, responsável pela Carne Fraca, pediu uma posição da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre o caso. A reportagem questionou por a assessoria da BRF, mas ainda não obteve retorno.

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