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Duas ONGs acusam Autoridade Palestina de favorecimento na vacinação de políticos

04.03.21 12:50

Duas ONGs palestinas, a Comissão Independente para os Direitos Humanos (ICHR, na sigla em inglês), e a Aman Transparência Palestina, ambas localizadas na Cisjordânia, divulgaram comunicados esta semana cobrando explicações da Autoridade Palestina (AP) sobre o critério usado para vacinar a população. No Twitter, a Aman divulgou uma imagem com a frase “corrupção mata” (foto).

Foram documentados casos em que a vacina foi administrada com base na mediação e nas relações pessoais, sem uma prioridade médica justificada“, diz o texto da ICHR. Também foram registrados casos de “funcionários que ajudavam seus familiares na obtenção da vacina, sem qualquer justificativa médica que lhes desse essa prioridade“.

As ONGs alegam que a AP não divulgou quantas doses já recebeu e nem sequer anunciou um plano de imunização o que, segundo a ICHR, gera “confusão no público, um sentimento crescente de injustiça, de discriminação e desigualdade“. Para 58% dos palestinos, a corrupção é um problema sério na Autoridade Palestina. Segundo notícias da imprensa, a AP recebeu 2 mil doses da vacina Moderna, de Israel, e 10 mil doses da vacina Sputnik V, da Rússia.

Com as acusações de favorecimento, a Autoridade Palestina se junta a países da América Latina em que os governos também permitiram que políticos e familiares furassem a fila da vacina, como Argentina, Peru e alguns governos regionais do Brasil.

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