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Depois de falhar na Argentina, ‘gradualismo’ chega ao Equador

16.10.19 15:06

Após protestos violentos dos indígenas, o presidente do Equador, Lenín Moreno (foto), revogou um pacote econômico em que retirava os subsídios da gasolina e do diesel. As medidas faziam parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prometeu emprestar 4 bilhões de dólares ao país. Depois de anular o decreto, Moreno prometeu apresentar outro plano para o Fundo no próximo domingo, 20.

“O problema é que quase 70% de toda a redução de custos que o governo do Equador tinha se proposto a fazer derivava da eliminação dos subsídios aos combustíveis”, diz a economista Patricia Krause, da seguradora de crédito Coface, em São Paulo.

Sem conseguir implementar as medidas necessárias de uma vez, Moreno terá de optar pelo gradualismo, retirando os benefícios econômicos aos poucos. “Não é uma surpresa que a reação política e a impopularidade do FMI impossibilitem a adoção de medidas urgentes”, diz Krause. “Na Argentina, Mauricio Macri também não conseguiu fazer tudo de uma vez e adotou o gradualismo. Os resultados nós estamos vendo na atual campanha eleitoral.”

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