Marcos Corrêa/PR

Após inação de Bolsonaro, PF vai investigar suspeitas sobre Covaxin

29.06.21 17:11

O ministro da Justiça, Anderson Torres (foto), pediu nesta terça-feira, 29, que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

O requerimento foi feito em oficio enviado ao diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, um dia após o presidente Jair Bolsonaro virar alvo de uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal por suposto crime de prevaricação.

A ação corre sob a relatoria da ministra Rosa Weber, que já encaminhou a acusação feita pelos senadores Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Jorge Kajuru para a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre o caso.

Os parlamentares querem que Bolsonaro esclareça se, de fato, foi comunicado pelos irmãos Miranda sobre os indícios de corrupção no contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, intermediária do laboratório Bharat Biotech, para a compra de 20 milhões de doses da vacina e se citou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, como possível responsável pelo crime.

À CPI da Covid, o deputado Luís Miranda e o servidor público e irmão dele, Luis Ricardo Miranda, afirmaram que relataram ao presidente da República as supostas irregularidades na negociação, confirmando o que já haviam antecipado a O Antagonista.

O funcionário público narrou que chegou a se negar a assinar uma nota fiscal que viabilizaria o pagamento antecipado de 45 milhões de dólares pelo governo federal à Madison Biotech, uma offshore ligada à Bharat Biotech, localizada em Cingapura e que não consta do contrato.

O parlamentar, por sua vez, alegou que, ao acionar Bolsonaro, o presidente falou que o esquema era “coisa” de Ricardo Barros e que acionaria o diretor-geral da PF, o que não ocorreu. Segundo o presidente, o caso foi apurado pelo internamente pelo Ministério da Saúde, que não teria encontrado irregularidade.

Nesta terça-feira, diante da crise instaurada no governo pelo caso Covaxin, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu suspender o contrato de compra de 20 milhões de doses do imunizante indiano, com valor total de 1,6 bilhão de reais.

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  1. O xeque-mate dos três senadores ao Bolsonaro, é importante para o Brasil. Depois que os brasileiros tomaram conhecimento do Esquema das Vacinas, Bolsonaro se fingiu de morto. Bolsonaro obviamente falou que Ricardo Barros era o líder do esquema. Se não fosse isso, teria desmentido prontamente. Só que fica com medo da surpresa mágica. Agora é apertar o Ricardo Barros, para saber quem mais fazia parte desse esquema de corrupção em plena pandemia. Uma delação premiada seria interessante.

  2. estou ficando cheia de presidentes que "não sabia de nada" do que os ministros fazem , Lula não sabia de nada do que o José Dirceu fazia na sala ao lado, o Bolsonaro "não sabia de nada" do que o centrão fazia, mesmo o líder do governo na câmara sendo do PP, 2o. partido mais enrolado do Petrolão, todos ingênuos canonizáveis ...

  3. E haja tiro no pé. Hoje efoi a vez do descontrolado líder deste desgoverno, Fernando Bezerra, sair-se com outra bizarrisse, na CPI da Covid, como não colou a histórinha do Pazzuello, resolveu passar a bola furada para o tal do Élcio Franco, que tal e qual o presidente, achou tudo normal em um contrato fraudulento. Ara, ara, ara, quanto mais buscam desculpas, os cabeçudos vão se enrolando no novelo das mentiras e nem demonstram vergonha das bizarrices inventada.

  4. Esse contrato não fará falta para os implicados. Agora eles tem um outro contrato ainda mais vantajoso para os corruptos. A vacina chinesa CanSino. DEssa chinesa o Capetão não reclama!!

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