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Após 9 meses parado em SP, inquérito sobre Oi e Lulinha é enviado ao Rio

10.12.20 19:10

Depois de nove meses parado na Justiça Federal de São Paulo, o inquérito que investiga os pagamentos de 132 milhões de reais feitos pelo grupo Oi/Telemar a empresas ligadas a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), será enviado para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da gigante de telefonia.

Trata-se do terceiro destino da investigação iniciada em 2016 pela força-tarefa da Lava Jato de Curitiba sobre uma possível conexão dos repasses feitos às empresas do filho primogênito do ex-presidente Lula e o caso do sítio de Atibaia, cujos donos eram sócios de Lulinha.

Em dezembro do ano passado, os procuradores do Paraná deflagraram a Operação Mapa da Mina, para aprofundar a apuração a respeito das transações feitas entre a Oi/Telemar e as empresas do grupo Gamecorp/Gol. Uma série de documentos foram apreendidos nas sedes das companhias e em endereços ligados a Lulinha, a Jonas Suassuna e aos irmãos Kalil e Fernando Bittar.

Em março deste ano, a pedido da defesa de Lulinha, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o TRF-4, enviou o caso para São Paulo, acolhendo o argumento de que não havia relação com o processo do sítio de Atibaia, que resultou na condenação de Lula a 17 anos de prisão.

A Mapa da Mina, então, foi distribuída para a 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, fato comemorado por Lulinha e pelo sócio Kalil Bittar em um convescote regado a vinho, como mostrou Crusoé naquele mês. Recentemente, os advogados fizeram um novo pedido judicial para anular toda a operação porque a Justiça do Paraná não teria competência para decidir sobre o caso.

Na última segunda-feira, 7, a juíza substituta da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fabiana Alves Rodrigues, decidiu, então, remeter todo o inquérito para o Rio de Janeiro, com o argumento de que a maior parte dos supostos crimes de lavagem de dinheiro sob investigação teriam ocorrido em solo fluminense, onde também fica a sede da Oi. Na decisão, a magistrada afirma que o caso não tem relação com a Operação Lava Jato e, por isso, deve ser distribuído livremente no Rio e não para força-tarefa fluminense.

“Vê-se que, no estágio em que se encontram as investigações, há elementos que indicam a ocorrência de maior número de crimes de lavagem de dinheiro supostamente praticado no Rio de Janeiro/RJ. Essa conclusão parece compatível como fato de que o Grupo Oi/Telemar, principal empresa envolvida com os fatos e que seria o elo de conexão como governo federal, na hipótese investigatória apresentada pelo MPF e que justificaria a competência federal, tem sede na capital fluminense”, escreveu a juíza.

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500
  1. São 123 milhões. Não são os 1,2 milhoes do Queiroz que na verdade são 600 mil por que somaram a entrada e a saída da conta dele. Claro que crime é crime, independentemente do valor, mas penso que 123 milhões deveriam provocar manchetes na mídia em geral e não só na Crusoé.

  2. Essa notícia certamente não sairá na Globo. Pelo que se vê, enviando de um lado para outro e com os prazos conhecidos, vai caminhando para que em alguns anos alguma coisa chame a atenção de algum juiz e mesmo com alguma condenação, os supostos criminosos podem até ter a chance de sairem livres pelo prazo.

  3. Como são parciais os jornalistas que noticiam, depois de CINCO ANOS, movimentação no processo crime em que figura o lulinha como investigado. Outro dia com rapidez supersônica, descobriram e logo soou como escândalo, um filho do presidente TER promovido um convescote na inauguração de seu escritório comercial. Quanta parcialidade. O limpador de bosta de um parque que ficou milionário no Governo do Pai não se noticia nada. É demais...

  4. Pedidos de vistas em processo, sem prazo para análise, processos na gaveta sem qualquer movimentação, e ninguém pede solução de ninguém. Esse é Brasil que queremos , acho que não. Quando chegar a hora da sentença, se chegar, teremos pela frente a famosa prescricão, adorada pelos empresários e políticos alvejados por qualquer acão judicial. Sem contar é claro, com a Suprema Tragédia Federal que incorpora tudo isso e aciona o gatilho da impunidade.

  5. Seria maravilhoso se a justiça "passasse o rodo" c/ a mesma eficiência, probidade, rapidez e competência da PF e da RF!!! Teríamos o país há muito saneado c/ essas 2 subespécies de criminosos corruptos lesa-pátria totalmente isoladas da sociedade num presídio de segurança máxima: a marginalha petralha e a marginalha bolsonalha e as crias de ambas!!! Cadeia urgente pra todos esses predadores repugnantes!!! Já intolerantemente passou da hora e a eterna demora revolta e abusa da nossa paciência!!!!

  6. É esse o lixo de justiça que temos. 9 meses empacado, só na espera da prescrição. Agora vai para o Rio, ficar perdido em mais uma vara por sei lá quanto tempo. País sem solução.

  7. Pera ai.... o Aras mandou acabar com a Lava Jato do Rio ate o final de janeiro e mandaram o caso do lulinhadrao para la???? tem caroco nesse angu ..... Nao confio na PGR, STF e OAB. Muito estranho isso, vamos acompanhar, daqui a pouco tem vacina e o povo volta as ruas para consertar essa bagunca que o PGR, STF e politicos fazem.

  8. A justiça é cega, mas o triunvirato do STF, GM, DF e RL estão de olhos abertos a favor da corrupção e impunidade. Lava toga neles, o baitoré engavetou contra o brasileiro pagador de impostos nas terras tupiniquim tudo pode e acontece em prol da politicagem.

    1. Vamos sonhar mais ainda Luiz: todos presos na mesma cela dormindo abraçadinhos!

  9. Justiça de olhos abertos para ver o que lhe convém, ouvidos atento para ouvir melhores propostas, justiça vergonha nacional.

    1. Deve ser discípula de Gilmar Mendes, "o bocão" e do ex advogado do PT Toffoli.

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