Esquerda contra-ataca e também vai para Washington

Após acusações de que haveria uma “internacional fascista” de extrema-direita operando uma rede em vários países para solapar a democracia brasileira, deputados e senadores de esquerda resolveram ir para Washington e articular os seus próprios contatos no Congresso americano.

Nesta quinta, 2, a senadora Eliziane Gama, do PSD (na foto, ao centro), divulgou um vídeo na rede X falando de um encontro de uma delegação brasileira com o senador independente Bernie Sanders, que não conseguiu ser o candidato do Partido Democrata na eleição de 2020.

“Acabamos de sair aqui da reunião com o senador Sanders, o que é muito importante“, afirmou Eliziane. Ela ressaltou “o compromisso do senador de estar juntamente conosco na defesa da democracia brasileira e no combate a qualquer tipo de crime que venham, na verdade, a transgredir, que venham tentar impedir o avanço e o fortalecimento da democracia no Brasil“.

Ela então fala do “fortalecimento em âmbito internacional, Brasil e Estados Unidos, de forma conjunta“.

Eliziane citou reuniões na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Integraram a delegação (da esquerda para a direita, na foto): o deputado Rafael Brito (PT), a deputada Jandira Feghali (PCdoB), Eliziane Gama, o senador Humberto Costa (PT), o deputado Rogério Correia (PT) e o deputado Rafael Brito e o deputado Henrique Vieira (Psol).

Jandira disse, também no X, que o objetivo da comitiva é falar “sobre atos antidemocráticos que acontecem não só no Brasil, mas em todo o mundo, ampliando forças e ações coordenadas contra a atuação da extrema-direita que insiste em violar e fragilizar a democracia em vários países”.

A viagem desta semana é uma maneira de contra-atacar, após várias viagens de deputados de direita para se reunir com parlamentares americanos.

Para os viajantes desta semana, a articulação internacional é positiva quando é feita pela esquerda, mas negativa quando é comandada pela direita.

Quem paga as passagens, nos dois casos, são os contribuintes involuntários de um país pobre chamado Brasil.

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