Wallace Martins/Futura Press/Folhapres

Sara Winter afirma que ato do ‘300 do Brasil’ teve inspiração bíblica, diz TV

15.06.20 20:17

Líder do grupo pró-governo ‘300 do Brasil’ e presa na manhã desta segunda-feira, 15, a militante Sara Winter (foto) afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que o ato de 30 de maio, no qual ativistas usaram máscaras e tochas em um protesto contra o Supremo Tribunal Federal, teve inspiração bíblica. As informações são da CNN.

De acordo com Sara, a caracterização baseou-se em Juízes 7:16. O versículo diz: “Então dividiu os trezentos homens em três companhias; e deu-lhes a cada um, nas suas mãos, buzinas, e cântaros vazios, com tochas neles acesas”.

À época, o movimento despertou críticas, pois os símbolos usados remetem a marchas nazistas, aos atos racistas de Charlottesville, nos Estados Unidos, e aos protestos promovidos pelo grupo supremacista branco Klu Klux Klan.

De acordo com Sara, o ato foi “pacífico e sem depredação do patrimônio público” e teve o acompanhamento do Corpo de Bombeiros do DF. A ativista acrescentou que os manifestantes pediram que a Polícia Militar acendesse as tochas.

No depoimento, segundo a CNN, a militante ainda alegou que o grupo “não está ligado à pauta da intervenção militar” e “é mais voltado para a desobediência civil e ações não violentas”.

Além disso, Sara declarou não receber nenhum tipo de apoio financeiro ou de qualquer espécie do governo e de parlamentares bolsonaristas. Ela negou ter participado do foguetório contra a sede do STF no sábado, 13.

Ela pediu para permanecer sob custódia na Superintendência da PF no DF e afirmou que, se transferida para a penitenciária feminina Colmeia, pode ser morta.

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