PGR pede ao STJ para manter prisão de desembargadora que acusou Aras
A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, solicitou ao Superior Tribunal de Justiça nesta segunda-feira, 21, a manutenção da prisão preventiva da desembargadora Ilona Reis (foto), acusada de integrar um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia. Presa desde dezembro pela Operação Faroeste, conduzida pela Procuradoria-Geral da República, Ilona envolveu o nome...
A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, solicitou ao Superior Tribunal de Justiça nesta segunda-feira, 21, a manutenção da prisão preventiva da desembargadora Ilona Reis (foto), acusada de integrar um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia.
Presa desde dezembro pela Operação Faroeste, conduzida pela Procuradoria-Geral da República, Ilona envolveu o nome do PGR, Augusto Aras, e de Lindôra em um suposto caso de extorsão que teria ocorrido antes de sua prisão. As acusações foram feitas pela magistrada em uma carta escrita à mão de dentro do presídio, em Brasília, e revelada por Crusoé no início deste mês.
No manuscrito, a desembargadora afirma que um advogado chamado César Oliveira, que é amigo de Aras, cobrou 1 milhão de reais e depois a pressionou a fazer uma delação direcionada para que ela não fosse presa. O PGR refutou as acusações e o advogado processou a desembargadora.
No pedido de manutenção da prisão de Ilona feito ao ministro relator Og Fernandes, do STJ, Lindôra afirma que a medida "é imprescindível para a normal colheita de provas". A subprocuradora afirma ter provas de que a magistrada "atua na prática habitual e profissional de crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, numa formatação serial, estendendo-se por vários anos, em total abalo à ordem pública".
A lei determina que a prisão preventiva deve ser reavaliada pela Justiça a cada 90 dias. O prazo expira nesta terça-feira, 22. Na denúncia contra a desembargadora, a PGR afirma ter encontrado documentos indicando depósitos em espécie e fracionados em datas próximas a uma sentença que ela teria vendido mediante pagamento de propina e arquivos no computador da magistrada contendo peças processuais do um dos operadores do esquema.
Lindôra Araújo também solicitou a prisão preventiva de um homem acusado de pedir propina em nome de um magistrado que está preso desde o ano passado na Operação Faroeste. Segundo a PGR, o homem, cujo nome não foi informado, também se apresentava como negociador de vacinas contra a Covid-19.
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Comentários (5)
Sônia Adonis Fioravanti
2021-06-22 12:58:07Aras e Lindora ,além de dedtruirem a Lava jato ,destroem a credibilidade da PGR
Roberto
2021-06-22 12:46:49Adivinha se a Lindora ia mandar soltá-la.
Mario
2021-06-22 10:11:14Esse é um retrato diário daquilo em que a justiça brasileira se transformou. Arrastando-se na lama da corrupção, de alto a baixo, somado à muita incompetência e má vontade de trabalhar, essa "instituição" não mais oferece níveis mínimos de segurança jurídica, nesse país em que a palavra democracia acabou virando senha para roubar.
Natalia
2021-06-22 06:25:14Nosso judiciário é caso de polícia, literalmente!
Maria
2021-06-22 00:35:24Cruz credo, que mulher (?) feiiiiiaaaa!!!… Parece trombada de avião com mosquito!!!! Essa daí sim, chegou lá por mérito…