Foto: Juan Diego Cano / Gobierno de ColombiaO presidente colombiano, Gustavo Petro, durante reunião ministerial

Petro não quer mais seus ministros?

01.02.24 14:31

O presidente colombiano Gustavo Petro (foto) teve uma reunião ministerial nesta quarta-feira, 31. O que deveria ser um encontro corriqueiro na agenda do presidente acabou se tornando uma nova crise no primeiro governo de esquerda da história da Colômbia, graças ao que a imprensa do país descobriu após a saída de todos.

No encontro, definido como “tenso” pelo jornal El Colombiano, o presidente, planejando uma reforma ministerial ampla, teria pedido a renúncia coletiva de todos os seus 18 ministros — ou 19, já que a vice-presidente, Francia Márquez, também tem um cargo como ministra da Igualdade.

Seria, portanto, a segunda vez em dois anos de mandato que ele pediria a renúncia coletiva do seu gabinete.

Desta vez, Petro (que chegou ao final do ano com a popularidade em uma mínima histórica) teria passado um duro discurso ao seu gabinete por demoras em reformas planejadas pelo governo e falta de projetos a ações que ele teria pedido celeridade. A repreensão, informam veículos colombianos, teria sido concluída com o pedido de renúncia coletiva.

O burburinho foi tão grande que a presidência foi às redes sociais dizer que não houve tal pedido.

Apesar da negativa, alguns ministros de fato apresentaram sua demissão após a conversa. Segundo o El Espectador, apenas Jorge Iván González, diretor do Departamento de Planejamento Nacional (DNP) teve sua demissão aceita.

Em uma visita a um departamento (estado) no litoral do Pacífico nesta semana, o presidente já tinha indicado insatisfação pública. “Que estamos fazendo? Eu não sei”, disse. Um projeto na região — um aqueduto — estaria com o cronograma atrasado, o que o irritou profundamente. “Essa era a primeira coisa que devíamos ter feito no primeiro dia chegando ao poder”, continuou.

A primeira vez que ele ameaçou uma mudança completa no gabinete foi em abril do ano passado, pelas redes sociais. “Apesar do voto majoritário nas urnas que pede uma mudança na Colômbia, este se tenta fechar com a ameaça e o sectarismo”, escreveu Petro em seu X. “Isso leva a repensar o governo”. À época, ele havia trocado sete nomes de uma vez.

Leia mais na Crusoé: Petro convoca embaixador da Colômbia na Argentina

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