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Os parceiros de Cristina Boner na Suíça

07.12.20 07:36

As contas milionárias na Suíça atribuídas a Maria Cristina Boner, ex-mulher do advogado Frederick Wassef, têm outros dois beneficiários, segundo documentos enviados por autoridades do país à Justiça de Brasília. Além da própria empresária, as contas também são atribuídas ao seu sócio em empresas que mantém contratos com o governo federal e a um discreto empresário do Lago Sul, bairro localizado em área nobre de Brasília, que trabalharia junto a bancos suíços.

Como revelou Crusoé, em sua mais recente edição, o bloqueio de 9 milhões de dólares na Suíça foi realizado após Cristina ser denunciada por suposta participação no Mensalão do DEM, escândalo que levou à condenação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. Até hoje, Cristina alega que as contas são declaradas e que o dinheiro é lícito. Para o Ministério Público, no entanto, há suspeita de que os valores sejam ilícitos e se relacionem com contratos durante o governo Arruda.

A investigação encontrou, por exemplo, 1,5 milhão de dólares numa conta em nome de uma empresa chamada “Kenston Foundation”. Além de Cristina, o outro beneficiário da conta seria Bruno Romagnoli, que já foi agente de um banco suíço e hoje tem uma empresa de administração patrimonial sediada no Lago Sul, onde mansões de ministros dividem espaço com bancas de advocacia, embaixadas e escritórios de lobistas. Crusoé procurou Romagnoli e foi informada de que ele está nos Estados Unidos. Sua secretária disse que não poderia explicar nem o propósito de sua empresa, já que ele seria “reservado”. Ele também tem outra empresa em parceria com uma analista do Banco Central.

Em sete das nove contas cujo saldo somado chega a mais de 3 milhões de dólares é citado também o nome de Paulo Cesar Azeredo, sócio de Cristina na Globalweb Outsourcing. Ele é signatário de diversos contratos da empresa com o poder público. A Globalweb recebeu 41 milhões de reais em contratos somente com o governo Jair Bolsonaro. No entanto, a empresa já vencia importantes licitações em governos anteriores. A Globalweb aparece em um relatório do Coaf realizando transações financeiras junto ao escritório de Frederick Wassef.

Sobre as transações entre a Globalweb e Wassef, a empresária diz que “todas partiram de Wassef para a Globalweb como empréstimo”. “As saídas financeiras da Globalweb para Wassef, foram exclusivamente pagamentos desses empréstimos com juros. O relatório da Coaf ignorou esse fluxo de transações”, diz.

Cristina também sustenta que havia “dois procuradores” para as contas, sendo ela um deles, mas que isso “não significa que ela era beneficiária daquelas contas e sim administradora”.

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  1. Esse pessoal é podre! Pobre Brasil! Desse jeito nunca sairemos do lamaçal em que estamos. Só tem SACANAGEM pra tudo quanto é lado, tudo quanto e canto, tudo quanto é Órgão Público. Basta "dizer" que são "honorários advocatícios", fazer CARNÊ LEÃO e já "esquentou a grana". Vixe!

  2. A EX MULHER LARANJA DO ADVOGADO DO FILHOTE CORRUPTO DAS RACHADINHAS ..ATÉ QUANDO VAMOS TER UMA QUADRILHA NO GOVERNO DO PAÍS ??

  3. Condomínio de ministros, bancadas de advogados e hobistas. Interessante isso. Ilha da fantasia e povão se lascando. Até imagino quem seriam eles....

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