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O perigo de se perder o ‘controle das ruas’ na Argentina

13.09.19 11:59

A Câmara de Deputados da Argentina aprovou nessa quinta-feira, 12, um projeto de “emergência alimentar” que aumenta em 50% o orçamento destinado a programas sociais. O projeto, aprovado por unanimidade, seguirá para o Senado e deverá ser sancionado pelo presidente Mauricio Macri.

A inciativa foi uma resposta aos protestos que ocorreram nas ruas da Argentina (foto). Mais de vinte organizações participaram do que se chamou de “acampamento da fome”, em Buenos Aires. Em agosto, ocorreram 524 paralisações em todo o país, um aumento de 36% em relação a julho. Setembro deve bater o recorde do ano, segundo a consultoria Diagnóstico Político.

Os protestos das últimas semanas são diferentes dos que ocorreram no começo do ano. “A principal novidade é que as organizações sociais kirchneristas e os grupos de esquerda tomaram a dianteira, substituindo a participação dos trabalhadores de empresas estatais e privadas”, diz o cientista político Patricio Giusto, da Diagnóstico Político.

Segundo Giusto, o candidato peronista Alberto Fernández tem um bom diálogo com as organizações sociais, que são pacíficas. Os grupos mais radicais de esquerda, contudo, são antissistema e mais agressivos. Eles não querem negociar, apenas desestabilizar o governo de turno. Como não conseguem ter qualquer relevância eleitoral, podem facilmente se tornar violentos.

O mais preocupante, segundo Giusto, é que o governo perdeu o controle das ruas. A polícia limitou-se a conter os manifestantes, que bloquearam avenidas e corredores de ônibus. “Normalmente, esse costuma ser o passo anterior ao início das crises institucionais. Seria um erro fatal se os governantes não derem importância a esse fator”, diz Giusto.

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  1. Pobre Macri! Será esmagado pela esquerda argentina, para desgraça do país! Pobre Argentina, cujo povo não aprendeu a lição do desgoverno e roubalheira da Kirchner... Depois que essa dupla de esquerdopatas assumir o poder, o RS vai virar uma outra Roraima. É uma tragédia amnunciada, filme que todos nós já vimos no cone sul e na América Central, também. Será que a Venezuela não foi a antecipação do apocalipse político do socialismo? Surpreendente é que os argentinos querem repetir a dose.

  2. Dito isto, basta não exagerar na dose, do contrário os kirchneristas darão um jeito de sair nas ruas com bandeiras argentinas. Um movimento interessante pode ser exatamente se apropriar disto e organizar uma marcha com bandeiras argentinas pelo futuro da Argentina. Após isto os kirchneristas não poderão fazer o msm.

  3. Não se pode usar isto como desculpa para fingir que não há nada ocorrendo, trata-se apenas de demonstrar que tais organizações são no fim entidades privadas que se unem em prol de interesses privados que nada têm a ver com o país, querem cada um sangrar a sociedade para obter um naco maior do bolo, só isto, seus líderes não estão preocupados com a Argentina. De fato, a ausência de bandeira da Argentina demonstra que as pessoas ali são massa de manobra.

  4. E a bandeira da Argentina, movimentos sociais tendem a criar e adotar bandeiras próprias, uma vez que precisam se diferenciar e tb fazer um merchand próprio. Só que isto tem um problema, como pavões, tentam cada um expor sua bandeira e símbolos para tentar ganhar destaque e se esquecem da bandeira do próprio país. O que é mais importante, a bandeira argentina ou a de organizações com interesses privados travestidos de sociais?

  5. 🇧🇷 Os argentinos persistem no erro e vão seguindo o caminho do desastre o caminho da miséria o caminho do socialismo.

  6. Xíiiii, já começou... Teremos outra Venezuela, agora no sul. Só falta acontecer o desabastecimento, que será o próximo passo. Fiquem atentos aí gaúchos, catarinenses e até paranaenses, logo teremos refugiados da fome por aí.

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