Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil voltou, e o ditador Maduro agradece

20.09.23 10:49

A comissão independente de investigação enviada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para a Venezuela publicou nesta quarta, 20, um relatório sobre suas descobertas. O grupo foi criado em 2019 para averiguar as violações de direitos humanos na ditadura de Nicolás Maduro. Segundo o documento, os ataques contra os espaços civis e democráticos para silenciar a oposição e as críticas ao regime se intensificaram.

Entre janeiro de 2020 e agosto de 2023, a comissão encontrou evidências de cinco execuções extrajudiciais, 14 desaparecimentos forçados de curta duração e 58 detenções arbitrárias. Também foram registrados 28 casos de tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante de detidos, incluindo 19 casos de violência sexual e de gênero contra homens e mulheres.

Segundo a comissão, ocorreu uma mudança na repressão no final de 2020 e no início de 2021, com o fim dos protestos em massa contra o governo. Apesar disso, as estruturas repressivas do Estado não foram desmanteladas e o governo intensificou esforços para controlar defensores dos direitos humanos, organizações da sociedade civil, sindicatos, a imprensa e os partidos políticos. “Ameaças contínuas, vigilância e assédio, juntamente com difamação e censura, têm sido utilizadas pelo Estado para silenciar, desencorajar e sufocar qualquer oposição real ou aparente“, diz o relatório.

Um caso citado é o de seis sindicalistas que exigiam melhores condições de trabalho. Eles foram condenados, em 1º de agosto de 2023, a 16 anos de prisão, depois de terem sido detidos arbitrariamente e maltratados durante mais de um ano. Os seis foram acusados de terrorismo.

A comissão lembra que três candidatos da oposição foram inabilitados para participar das eleições presidenciais do ano que vem.

Após tomar posse em janeiro, o presidente Lula se aproximou do ditador Nicolás Maduro (foto) e classificou como “narrativas” os relatórios sobre crimes contra os direitos humanos na Venezuela.

Lula chegou a dizer que o Brasil ajudaria a fiscalizar as eleições, para garantir que fossem limpas. Mas o presidente não voltou a tocar no assunto no seu discurso na ONU nesta terça, 19.

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  1. Censurado volto ..... O que a ditadura comuno-bolivariana fez foi assassinar inocentes e produzir 7 milhões de exilados a mendigar pela América Latina e infelizmente é isto que um bando e seus ditadores querem implantar no Brasil e rumamos ao caos se nada for feito pelo Congresso Nacional que ainda pode DENTRO DA LEI frear o projeto em claro curso neutralizando adversários e desmoralizado as forças armadas por saber que resistirá à escravização da nação e repito o Brasil não será uma ditadura.

  2. A América do Norte tem uma superioridade aérea em qualidade, poder de fogo e em quantidade pois detém a melhor tecnologia. Não adianta discutir com os Russos, manda uns 10 esquadrões de F-35A, B e C mais uns F-22 e acaba com o Putin, o povo russo vai agradecer e uma nova Russia surgirá, democrática e livre de ladrões e assassinos corruptos. O mesmo o Brasil deveria fazer com Nicolás Mad. acabar com o sofrimento do povo Venezuelano mas, infelizmente, Lula é a favor do narcotraficante Maduro!

  3. O QUE SE PODE ESPERAR DE UM EX-PRESIDIÁRIO PRESO COM FARTAS PROVAS DE QUE FOI CORRUPTO E "DESCONDENADO" PELO stf E ALÉM DE TUDO COMUNISTA.

  4. Agora os militantes brasileiros desligam o interruptor dos direitos humanos e ligam o interruptor dos agentes estrangeiros ("ONU") difamando os "democratas" venezuelanos. Tudo muito relativo.

  5. Para Lula, a ONU é perfeita quando se trata de uma condenação a Bolsonaro. Mas as investigações contra Maduro seriam apenas "narrativas". A Globonews considera Lula o defensor supremo da democracia, da liberdade e, principalmente, dos direitos humanos e políticos. Mas é esse cidadão que apoia fervorosamente regimes altamente repressores e ditatoriais com Venezuela, Cuba e Nicarágua. Tanto discurso defendendo os direitos das mulheres e, ao mesmo tempo, apoio ao Irã onde elas são massacradas.

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