Fernando Frazão/Agência Brasil

Mortes continuam em Terra Indígena Yanomami

10.01.24 12:24

Quase um ano após Lula dizer que Jair Bolsonaro abandonou os Yanomamis, praticamente nada mudou na maior terra indígena do Brasil. Em 2022 foram registradas 343 mortes de indígenas na região, 35 a mais que durante o primeiro ano de mandato do presidente petista, que registrou 308, 53% dessas mortes, em 2023, foram de crianças. Os dados são do Ministério da Saúde e foram compilados pelo portal G1.

Lula fez uma declaração, nesta terça-feira, 9, dizendo que o país não pode “perder a guerra” contra o garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomamis na Amazônia. Se passarem 12 meses e ele ainda não começou o combate contra. Em janeiro do ano passado, ele decretou estado de emergência de saúde pública na região.

O G1 identificou que o povo yanomami continua vivendo em situação de precariedade. Como em 2022, no início deste ano as imagens de crianças doentes, desnutridas, com ossos à mostra se repetem. A maioria das mortes na região são causadas por malária, pneumonia e desnutrição.

Uma das fotos da reportagem mostra uma criança de 1 ano e 9 meses com 5,3 kg, que é o peso de um bebê de três meses, segundo a Organização Mundial da Saúde. Uma outra imagem mostra uma criança de 4 anos com 6,7 kg, o mesmo peso de um bebê de cinco meses.

Segundo Dário Kopenawa, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, que foi ouvido pelo portal, o garimpo ilegal segue a todo vapor na região.

Os Yanomami ainda estão morrendo, enquanto o garimpo trabalha livremente e a saúde Yanomami está ruim. Não melhorou. O garimpo minimizou em três meses, mas depois voltou de novo”, diz Kopenawa à reportagem.

O Ministério da Saúde informou que em dezembro, havia apenas 7 médicos para atender a população de 31 mil indígenas yanomamis. Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Yanomami (Condisi-Y), diz ao G1 que o cenário no território é dedor, doença e caos.

Em maio do ano passado, Crusoé alertou sobre o crescimento da violência na região indígena. 

Na época, uma mulher venezuelana foi encontrada morta com sinais de enforcamento. A violência atingiu principalmente garimpeiros que, quase quatro meses após a visita presidencial ao local, continuaram atuando ilegalmente na área. No início de maio, os corpos de oito garimpeiros foram encontrados numa área de extração de minério. 

Um ano do governo petista, foi mais um ano de perdas e calamidades para o povo Yanomami.

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  1. É uma vergonha, falta total de humanidade deixar acontecer esta tragédia c os Yanomamis. Lula merece ser deposto da Presidência da República! Não vê que a maneira como trata os nossos índios denota ignorância, incompetência, falta de servidores adequados, indiferença com a pobreza. Situação igual à do ex presidente Bolsonaro. INACREDITÁVEL! É também culpa da Janja, outra que só pensa em taperes, sofás e móveis caros...Os dois, "Sem Noção" mostram q não tiveram berço. Não estão à altura do cargo!

  2. Lula, isto é genocídio! Onde estão os "Direitos Humanos", os ministros Silvio Almeida, Marina Silva e Simone Tebet? Vcs são iguais ou piores do que o Bolsonaro! Que vergonha, quanta desumanidade, vocês são os responsáveis diretos por essas mortes. O cuidado com os povos indígenas é uma obrigação ética moral e cultural. Sendo o Lula, não estou decepcionado pois Lula é um sem noção. Vejo que sua "entourage" também são animais semi ansalfabetos Vergonha e TRISTEZA!

  3. A tragédia vivida por esse povo também foi usada pela política e pela imprensa amiga. Terrível realidade que constatamos.

  4. 308,53% ou seria 30,85%? Ficou estranho. O parágrafo também ficou meio truncado e confuso. Aliás, com frequência anda faltando revisor de português na Crusoé.

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