Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Filiação de Eduardo Leite ao PSD é dada como certa, mas sucessão no RS gera impasse

18.02.22 19:04

Pessoas próximas a Eduardo Leite e a Gilberto Kassab dão como certa a migração do governador do Rio Grande do Sul para o PSD. O tucano, no entanto, não deve confirmar a mudança antes de março. Até lá, Leite pretende arregimentar um grupo de deputados e prefeitos que deverão deixar o PSDB junto com ele.

Enquanto isso, pretende trabalhar para resgatar o plano de governo montado à época da disputa interna do PSDB e conversar com empresários e economistas entusiastas da sua candidatura.

Em novembro, Leite perdeu as prévias do PSDB para João Doria em uma disputa tensa e recheada de troca de acusações. Desde então, o gaúcho não refez a ponte com o governador de São Paulo, que tem dificuldades em decolar nas pesquisas e unir o próprio partido.

Leite deixou adormecida a vontade de disputar o Planalto até ser sondado por Gilberto Kassab nas últimas semanas. O dirigente lançou Rodrigo Pacheco como presidenciável, mas o próprio Kassab já considera o presidente do Senado carta fora do baralho.

Antes de anunciar a mudança de partido, Leite tem problemas locais para resolver. O principal desafio será encaminhar sua sucessão no Rio Grande do Sul. Nas últimas semanas, o governador foi pressionado por políticos e empresários gaúchos a concorrer à reeleição. Os apelos chegaram a balançar o tucano, mas disputar pela segunda vez o comando do Palácio Piratini vai contra uma das principais bandeiras de Leite. Por princípio, o governador é contra a reeleição. Se realmente não tentar o segundo mandato e confirmar a filiação ao PSD, Leite embaralha o centro político no RS.

Dois possíveis candidatos locais, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que trocou o PTB pelo PSDB, e a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, teriam que abandonar o partido e migrar para o PSD para abrir palanque a Leite no RS. Esses acordos ainda precisam ser costurados. Outro nome de centro colocado na disputa é do deputado estadual Gabriel Souza, do MDB, que foi presidente da Assembleia Legislativa do RS.

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  1. Mais um para embolar o meio do campo e garantir que a disputa se dê entre Lula e Bolsonaro, que é justamente o que ambos desejam que aconteça. Pobre País!

  2. Atitude patética. Obsessão por ter cargo público e ter o seu nome em voga para alcançar protagonismo político no futuro, sem descumprir seu compromisso de não tentar reeleições (das poucas bandeiras que ainda mantém de pé, diga-se). Participar de um processo eleitoral obriga a respeitar o seu resultado. Atitude de garoto mimado que, não tendo o que quer, muda de partido para o obter. Vai sair o tiro pela culatra, sua campanha não vai engrenar e acabará em partido que apoiará Lula. Vergonhoso

  3. Eduardo Leite disputou uma prévia com o Doria, visando ser uma alternativa à polarização, e pode acabar no colo do ex-presidiário Lula. Ou ele é estúpido, ou é ingênuo. MORO PRESIDENTE 🇧🇷

  4. Eduardo Leite está quebrando, uma a uma, todas as suas promessas. Infelizmente. Está fazendo o mesmo papel do Dória e todos os outros sendo egoísta e interesseiro. Jovem que é, poderia ser uma boa novidade na política, mas está se mostrando mais próximo dos velhos carcomidos sedentos de (ainda mais) poder.

  5. Excelente noticia ,Finalmente teremos alguem com experiencia politica e administrativa,que foi junto com Paulo Hartung um dos melhores gestores fiscais do pais e que pode representar o Novo o que o Brasil precisa e viabilizar uma candidatura efetivamente competitiva

  6. Vá para o Senado, governador, por hora é o mais sensato e equilibrado que poderá fazer até voltar a governar o Rio Grande do Sul!!!

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