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Conselheiro cobra sorteio em denúncia contra Moro na Comissão de Ética

04.05.20 20:57

O conselheiro Erick Vidigal pediu nesta segunda-feira, 4, que a denúncia feita contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro por suposta troca de favores dentro do governo seja redistribuída por sorteio na Comissão de Ética da Presidência da República.

O processo relacionado ao pedido de pensão revelado por Moro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2019, e a uma possível indicação do ex-juiz ao Supremo Tribunal Federal está nas mãos do presidente interino da comissão, Paulo Lucon (foto).

Na última sexta-feira, 1, Vidigal enviou uma carta aos conselheiros do órgão  acusando Lucon de favorecer o governo Jair Bolsonaro dentro da comissão de ética em troca de reeleição na presidência do órgão, que apura desvio de conduta das mais altas autoridades do país.

O caso mais emblemático foi o arquivamento da denúncia contra o secretário especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, em fevereiro, no processo em que ele é acusado de beneficiar clientes de sua agência com repasses de verba de publicidade do governo federal.

Vidigal critica a falta de transparência da Comissão de Ética e a condução do órgão por Lucon. “Eu não entrei na Comissão de Ética Pública para bater palmas para governantes indecentes ou para perseguir desafetos do governo”, afirmou o conselheiro na carta enviada aos colegas.

Segundo ele, só depois de muita insistência, foi informado que a denúncia contra Moro, novo desafeto de Bolsonaro, foi distribuída a Lucon sem sorteio.

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