Reprodução

Como Petro quer ajudar o ditador Maduro

11.04.24 11:41

Em defesa da “paz política na Venezuela”, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, aliado do ditador Nicolás Maduro, reuniu-se nesta quarta-feira, 10, com Manuel Rosales, um dos candidatos liberados pelo regime chavista para participar da farsa eleitoral venezuelana marcada para 28 de julho.

“Reunimo-nos na Venezuela com o presidente Nicolás Maduro e com grupos da oposição para discutir uma proposta democrática que permita a paz política neste país e, consequentemente, a paz do desarmamento na Colômbia”, disse Petro no Instagram.

Além do governador de Zulia, Petro também conversou por telefone com Antonio Ecarri, conforme publicou o jornal El País. Ecarri também é visto como um político da terceira via, por não pertencer ao grupo político de María Corina Machado.

Parte da agenda de Petro em Caracas, a conversa com supostos adversários de Maduro busca dar legitimidade à oposição escolhida pelo ditador venezuelano para enfrentá-lo no pleito.

A estratégia de legitimar a oposição escolhida por Maduro também já foi utilizada pelo Itamaraty.

Em nota publicada em 23 de março, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que “onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro”, embora o principal nome da oposição venezuelana (María Corina Machado) tenha sido impedido de participar da eleição, e seu substituto (Corina Yoris) não tenha conseguido se registrar.

Segundo o El País, a equipe de campanha de María Corina Machado rebateu o desprezo do presidente colombiano.

“Se tivesse a intenção, teria entrado em contato com ela, e isso não aconteceu.”

 

Maduro tem seus candidatos

Como mostrou Crusoé, María Corina Machado recusou-se a apoiar o candidato Manuel Rosales, do partido Um Novo Tempo, UNT, após sua indicada não conseguir se candidatar.

Maduro escolheu seus candidatos, disse María Corina. Minha candidata segue sendo Corina Yoris.

Ao conseguir acessar o sistema do Conselho Nacional Eleitoral, o UNT inseriu o nome de Manuel Rosales, que é governador do rico estado de Zulia, produtor de petróleo e rota da cocaína colombiana.

Muitos na oposição venezuelana passaram a se perguntar por que ao UNT foi permitido acessar o sistema do CNE nas últimas horas e por que não incluiu o nome de Corina Yoris.

A suspeita de parte da oposição é que Manuel Rosales tenha feito algum pacto com o ditador Nicolás Maduro, mas não há nada que confirme isso.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO