Chad J. McNeeley/ Department of Defense via FlickrLloyd Austin, o secretário de Defesa dos EUA

Chefe da Defesa dos EUA está no hospital — e nem o presidente sabia

08.01.24 10:14

Apertem os cintos, o secretário de Defesa dos EUA sumiu.

Lloyd Austin (foto), o chefe do maior comando militar do planeta, está internado desde a segunda-feira passada, dia 1º, por complicações de um procedimento médico anterior. A questão mais curiosa é que o Pentágono não avisou nem ao presidente Joe Biden, nem ao conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, até o dia 4, deixando a Casa Branca no escuro.

No sábado, 6, Biden finalmente ligou para Austin, que ainda segue hospitalizado. Pouco antes de tornar pública a informação, a Casa Branca notificou o congresso do país, que também não sabia da informação.

Em um comunicado, Austin, que é responsável por acionar diretamente as varias forças militares do país, assumiu um mea culpa. “Eu poderia ter feito um trabalho melhor garantindo que o público fosse melhor informado”, disse o general reformado. “Me esforçarei para fazer melhor. Mas é importante dizer que: este era um procedimento médico meu, e eu tomo total responsabilidade sobre minhas decisões em torná-los públicos.”

Após o caso, a Casa Branca disse, por meio de um oficial, que a relação com Austin segue muito bem. “O presidente [Biden] tem a completa confiança no secretário Austin”, disse um porta-voz. Outro disse que Biden espera que Austin possa retornar ao Pentágono o quanto antes.

Nos últimos meses, foi o general reformado que serviu como porta-voz de Biden em alguns dos confrontos que o governo dos EUA não luta, mas apoia diretamente com armas e financiamentos. No final de novembro, ele esteve em Kiev, a capital ucraniana, passando recados de Washington a Volodymyr Zelensky.

Em 2022, Austin passou pelo Brasil, de uma maneira não muito discreta. Em uma reunião de ministros de defesa do continente, na capital federal, ele pediu “respeito à democracia”, em um dos mais claros sinais de que o governo de Joe Biden não toleraria ações sobre as eleições brasileiras.

Na mesma época, o Congresso dos EUA chegou a sugerir um vínculo entre a verba enviada às Forças Armadas brasileiras à não intervenção dos militares no processo eleitoral. A proposta, no entanto, foi rejeitada.

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