Caso Chico Rodrigues: Alcolumbre não quer tensionar relação com STF, nem se indispor com senadores
Ao viajar a Macapá, onde está empenhado na eleição de seu irmão para a prefeitura da capital amapaense, Davi Alcolumbre saiu dos holofotes. Na quinta-feira, 15, um dia depois da operação da PF que encontrou dinheiro escondido nas nádegas de Chico Rodrigues e na mesma data em que o ministro Luís Roberto Barroso encaminhou ao...
Ao viajar a Macapá, onde está empenhado na eleição de seu irmão para a prefeitura da capital amapaense, Davi Alcolumbre saiu dos holofotes. Na quinta-feira, 15, um dia depois da operação da PF que encontrou dinheiro escondido nas nádegas de Chico Rodrigues e na mesma data em que o ministro Luís Roberto Barroso encaminhou ao Senado a medida cautelar de afastamento do senador, o presidente da casa não participou dos comícios de Josiel Alcolumbre e nem se pronunciou sobre o caso.
Davi Alcolumbre procura a saída ideal para a saia justa em que foi colocado: não pode criar arestas com o Supremo Tribunal Federal, que terá a última palavra sobre sua tentativa de reeleição, mas também não quer constranger ainda mais o seu amigo e correligionário de Roraima, nem perder pontos entre os senadores. “O Chico é um senador muito querido por todos. Eu acredito que o presidente irá buscar uma solução para não o expor”, diz um aliado do presidente do Senado.
Enquanto isso, a maioria dos senadores começa a costurar a derrubada da medida cautelar aplicada pelo ministro do STF, como já ocorreu com Aécio Neves, em 2017. Para evitar desgastes perante a opinião pública, a turma pró-Chico Rodrigues evitará abordar o que de fato importa neste caso. Ou seja, os desvios de recursos que deveriam ser usados no combate à Covid-19 e a posterior tentativa constrangedora de esconder o dinheiro. O argumento será o da "separação entre poderes" e da "interferência indevida do STF no Legislativo". Outro discurso que vem sendo ensaiado é que não se poderia tirar o mandato de um parlamentar que ainda não foi sequer alvo de denúncia formal pelo Ministério Público.
Existe a possibilidade de uma reunião de líderes ser convocada na próxima semana para que o colegiado decida se inclui ou não o afastamento de Rodrigues na pauta do plenário. “Acho que não deve demorar para decidir”, diz um interlocutor de Alcolumbre.
Enquanto alinham o discurso em defesa do colega, parlamentares admitem que Rodrigues tornaria tudo mais fácil se pedisse uma licença do cargo enquanto se defende das acusações. Entusiastas da ideia argumentam que o mandato "ficaria em família", já que o suplente da cadeira do parlamentar é seu próprio filho, Pedro Arthur.
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Comentários (10)
Sônia
2020-11-24 13:57:25Alcolumbre sempre ajudando ladroes e corruptos 🐀engavetador do DEM
Leandro Domingues
2020-10-19 16:31:18Em caso de suspensão o salário deveria ser suspenso também e o suplente JAMAIS poderia ser da família.
Angela
2020-10-19 06:05:49dinheiro sujo na cueca suja,
André
2020-10-18 08:17:13"Não o expor".... kkkk... o senador que se expôs ao enfiar 15 mil no REGO. Velho safado lazarento. Senado continua infestado de ratos.
Lucia
2020-10-17 14:21:27E o sucessor do sucessor? é também do mesmo saco? Faz-se uma limpa. Tudo que o senado quer é calar nossa voz.
Laercio
2020-10-17 13:11:52Seu sucessor é o próprio filho, quando sepensa q chegou no fundo do poço, ai da tem muito buraco pra baixo, essa m.... só aumenta..!!
FERNANDO
2020-10-17 09:29:43As excelências farão de td p/inocentar o colega malfeitor, pois ainda restam 80 bundas q comportam mto dinheiro.
Suzane
2020-10-17 08:41:41Rui Barbosa deve estar se revirando no túmulo... A que ponto chegamos?
Vera
2020-10-16 22:26:48É tão espúrio *enquanto alinha o discurso para defender o colega* quanto o fato de esconder dinheiro nas nádegas ! Imagina se os colegas iriam deixar o senador que se sujou sem defesa ? Esse é o Senado da República ! Uma podridão só!
Getulio
2020-10-16 16:28:17O mandato ficaria em família! PQP!!! O Brasil deixaria de existir sem uma Instituição Verdadeira, o Nepotismo, com filhotes de papai-papaizão, que se distinguem apenas pela falta de distinção, espalhados por todos os quadrantes. Um país tão grande e populoso continua nas garras de uns poucos privilegiados, sustentados por milhões de contribuintes, que recebem bens e serviços públicos de qualidade moçambicana, embora paguem tributos de padrão europeu. Tratemos de reduzir o total de políticos.