REUTERS/Mariana Nedelcu/Foto de arquivoO pré-candidato presidencial argentino Horacio Rodriguez Larreta, da aliança Juntos por el Cambio, acena para apoiadores durante evento de campanha, em Buenos Aires, Argentina, 7 de agosto de 2023.

Argentina: entenda a única disputa relevante nas primárias deste domingo

13.08.23 07:15

Apenas uma das três forças das eleições deste ano na Argentina terá uma disputa competitiva nas primárias, que acontecem neste domingo, 13 de agosto.

Trata-se da coalizão de centro-direita Juntos por El Cambio, formada pelo ex-presidente Mauricio Macri.

“A única coisa relevante que acontecerá neste domingo é a definição do candidato da oposição por Juntos por El Cambio”, diz o cientista político argentino Brian Schapira.

A disputa está entre o governador da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta (foto), e a ex-ministra da Segurança Pública de Macri, Patricia Bullrich.

Segundo o agregador de pesquisas do La Política Online, os dois estão tecnicamente empatados na média.

Larreta tem 16% das intenções de voto e Bullrich, 17%.

Centro e direita

Ambos são liberais na economia e têm a segurança pública entre suas pautas prioritárias.

A diferença entre os dois está no discurso.

O governador de Buenos Aires é moderado e defende o diálogo, enquanto a ex-ministra tende ao enfrentamento e alimenta a polarização ideológica.

Ela é a pré-candidata de Macri.

“A violência, a agressão, o que não pensa como eu ser o inimigo, isso não funcionou”, disse Larreta no final de junho, como crítica a Bullrich e Macri.

Em resposta, Bullrich afirmou: “No fundo, o que te pedem não é diálogo, te dizem ʽnão quero dialogar, quero que te submetas a continuar com as coisas como estãoʼ”.

Apesar do empate técnico entre a dupla, as diferenças dos discursos se expressam nas pesquisas, com Bullrich tendo uma margem de erro maior.

Larreta tem uma margem de intenção de votos entre 12,32% e 19,57%, enquanto que Bullrich tem entre 10,62% e 23,34%.

Além da maior rejeição, há também o fato de o engajamento de seus eleitores maquiar o resultado das sondagens.

“As pesquisas dão a princípio Bullrich como favorita, mas muitos analisam que o voto nela é mais intenso e politizado”, diz Schapira.

“Então, os eleitores dela responderiam mais às pesquisas, enquanto Larreta poderia ter mais votos entre os menos politizados que sejam mais moderados”, acrescenta.

Racha na coalizão

Uma vez eleito o candidato do Juntos por El Cambio às eleições presidenciais, marcadas para 22 de outubro, a coalizão terá como missão estancar a sangria de votos.

Se Bullrich vencer, eleitores de Larreta podem desertar para o provável candidato da situação, o ministro da Economia, Sergio Massa, que também tende ao centro.

Caso Larreta vença, votos de Bullrich devem ir para o populista de direita radical Javier Milei.

Mas, como diz Schapira, “só vamos ter um panorama claro a partir do final de domingo”.

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  1. A Argentina que há setenta anos era o 5º país mais rico do mundo, a Suiça da América, desabou sob o peronismo ladrão e uma direita assassina tem a redenção na eleição de alguém do centro que com apoio certo dos EUA com grandes interesses na região reiniciaria toda reestruturação do país algo que um dia terá de ser feito também no Brasil que hoje dividido corre grave risco de perder a integridade nacional em insana secessão ainda evitável, a alternativa é dura ambos viram um chiqueiro boliviano.

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