Renato Alves/ Agência Brasília

Após tensões de governadores com polícias, Ibaneis faz afago aos militares

25.08.21 10:13

Desde o início da escalada de tensão entre governadores e policiais militares, os integrantes das forças de segurança do Distrito Federal receberam afagos em sequência. Às vésperas do Sete de Setembro, que promete ser tenso com manifestações contrárias e favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro, o governador Ibaneis Rocha dedicou boa parte de sua agenda a eventos de PMs e ações relacionadas à corporação. Para agradar à categoria, o emedebista reduziu o tempo de promoção de militares, o que beneficiou mais de 3 mil policiais e bombeiros, prestigiou formaturas e louvou a ação das forças policiais.

Os agrados em sequência começaram no final do ano passado, quando o governo do DF articulou com o Planalto e com o Congresso um aumento retroativo aos servidores da segurança, ao custo anual de quase 1 bilhão de reais. Após o atrito entre o governador de São Paulo, João Doria, com oficiais da ativa que defendem abertamente Jair Bolsonaro, PMs de Brasília garantem que o clima entre Ibaneis e policiais militares é amistoso.

“Isso não existe na Polícia Militar do Distrito Federal. Não existe nenhuma chance de baderna, insurreição ou indisciplina contra o governador”, diz o coronel Eduardo Naime, presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar do DF, a Crusoé.

Ibaneis Rocha parece focado na missão de manter a paz na corporação. As forças policiais da capital federal têm uma força política histórica e a oposição das corporações costuma ser decisiva nas disputas pelo Palácio do Buriti. Na terça-feira, Ibaneis participou da formatura de 491 praças da PM, tirou fotos com policiais e seus familiares e rasgou elogios aos participantes.

“Conseguimos imprimir no nosso governo uma cultura de respeito entre as corporações policiais e isso nos faz alcançar bons resultados na manutenção da ordem e segurança das nossas cidades”, disse Ibaneis, diante de ministros de Bolsonaro que participaram da cerimônia, como Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, e Anderson Torres, do Ministério da Justiça.

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