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A sina de Atibaia: do sítio de Lula à prisão de Queiroz

18.06.20 13:17

Apenas 13 quilômetros separam os imóveis que se tornaram um grande complicador para dois ocupantes do Palácio do Planalto. Do sítio Santa Bárbara, que levou Lula à condenação a 17 anos de prisão, ao esconderijo de Fabrício Queiroz, homem de confiança e amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro, a distância pode ser percorrida de carro em pouco mais de 15 minutos.

Ambos os imóveis ficam em Atibaia, cidade de 142 mil habitantes, no interior de São Paulo. A cidade é comandada pelo prefeito Saulo Pedroso, do PSD, que se tornou conhecido na política como Saulo do Gás, do PSB. O município é também um notório reduto eleitoral do clã Chedid, influente família do interior de São Paulo que é dona do Bragantino e de empresas de ônibus que dominam a região, o que inclui contratos com a Prefeitura de Atibaia.

O elo entre Atibaia e os Bolsonaro é o advogado Frederick Wassef, defensor da família do presidente e do próprio Flávio nas investigações que tramitam no Rio. Queiroz foi encontrado nesta quinta-feira, 18,  no escritório de Wassef na cidade. No imóvel, o ex-assessor permaneceu por mais de um ano. Ele é tido pelo Ministério Público do Rio como arrecadador de um esquema de desvios de salários de servidores do gabinete de Flávio na Alerj.

A ligação entre Lula e a cidade, no interior de São Paulo, também está relacionada a suas amizades. O sítio Santa Bárbara, onde Odebrecht e OAS fizeram reformas de 1 milhão de reais, pertencia formalmente a Fernando Bittar, filho do amigo do petista, Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas, e a Jonas Suassuna, sócio de seu filho Fábio Luís, também alvo da Lava Jato. As reformas no imóvel foram consideradas propinas ao ex-presidente em troca de contratos na Petrobras.

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