Argentina: inflação de dezembro fica abaixo das piores previsões
A inflação da Argentina referente a dezembro ficou em 25,5% ao mês, informou o Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC) nesta quinta-feira, 11 de janeiro. O valor está abaixo das piores previsões das consultorias privadas, que estimavam a inflação em 23% a 29% ao mês. Apesar do aumento não ter sido dos piores, a...
A inflação da Argentina referente a dezembro ficou em 25,5% ao mês, informou o Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC) nesta quinta-feira, 11 de janeiro.
O valor está abaixo das piores previsões das consultorias privadas, que estimavam a inflação em 23% a 29% ao mês.
Apesar do aumento não ter sido dos piores, a inflação continua a avançar na Argentina e o acumulado dos 12 meses anteriores bateu recorde novamente.
Agora, a inflação anualizada está em 211,4%.
Assim, a Argentina fechou 2023 na mesma espiral inflacionária em que iniciou, tendo passado quase todos os meses do ano acima dos 100% anualizada e quebrando os recordes do período pós-hiperinflação da virada de 1980 a 1990.
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O setor que mais foi atingido pela inflação em dezembro foi o de bens e serviços, que subiu 32,7%. O setor de saúde vem na sequência com 32,6%.
Esse é o primeiro índice inflacionário que abrange o governo de Javier Milei, iniciado com a posse presidencial, em 10 de dezembro.
É importante destacar que, apesar do peso das sequelas deixadas pelo governo anterior, em especial pelo Plan Platita, de Sergio Massa, medidas do atual mandatário tiveram importância na inflação.
Em especial, teve a desvalorização de 50% do peso no câmbio oficial, anunciada pelo ministro da Economia, Luis Caputo, em 12 de dezembro — uma medida para reduzir o intervencionismo e desmaquiar a economia argentina.
Apesar de a maioria dos argentinos não terem acesso a essa cotação, pelas restrições do governo ao dólar, o câmbio oficial é referência no mercado e seu ajuste gera efeito cascata.
Outras medidas do governo Milei, como os pacotões econômicos do decreto de necessidade e urgência (DNU) e do projeto de lei ómnibus, podem ter surtido efeito especulativo, mas não direto.
Afinal, o decreto entrou em vigor apenas em 29 de dezembro e o projeto de lei ainda carece ser avaliado pelo Parlamento argentino.
O índice da inflação saiu um dia depois do FMI anunciar a liberação de 4,7 bilhões de dólares à Argentina para pagar seus vencimentos com o fundo de dezembro, janeiro e abril.
Não é dinheiro adicional; já estava previsto no acordo firmado por Alberto Fernández com o FMI em março de 2022.
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Comentários (1)
ANDRÉ MIGUEL FEGYVERES
2024-01-12 08:35:52Está longe do ideal porém, não chega a ser má notícia. Certamente a inflação tem uma velocidade e, neste caso a inercial é muito grande devido às péssimas atuações do governo peronista anterior. O Brasil que trabalha, que pensa num futuro de progresso e quer as coisas certas, corretas, éticas e morais, torce por Milei e pelos hermanos e por um Brasil e América Latina livres das esquerdas desonestas, perdulárias e corruptas patrocinada pelos inúteis Lula/PT.