Antônio Cruz/ Agência Brasil

O cabide de emprego do PT voltou

02.10.23 15:21

O governo federal anunciou um Concurso Público Nacional Unificado para preencher 6.590 vagas em vinte órgãos e entidades públicas que fizeram a adesão ao processo seletivo. A convocatória revela uma retomada de um velho hábito dos governos petistas, que ficaram conhecidos pelo inchaço da máquina pública.

O setor público opera numa lógica de que todo servidor precisa ser substituído, que precisa sempre haver uma reposição — senão um crescimento. Mas o que vemos é que, com o avanço da tecnologia, da automação, nós precisaremos de menos servidores, e não de mais. Um estudo da Escola Nacional de Administração Pública, Enap, mostrou que, até 2030, um de cada quatro servidores que irá se aposentar terá suas funções automatizadas. Ou seja: essas pessoas não precisavam ser repostas“, diz o diretor-executivo do Livres, Magno Karl. “Nós precisamos pensar de forma mais estratégica, em como recapacitar pessoas que ocupam funções que já não existem, que possam lidar com esse novo momento, trabalhando de forma mais tecnológica, mais eficiente, com um quantitativo menor, mas com produtividade maior para cada servidor.”

A publicação do edital do Concurso Nacional Unificado está prevista para até o dia 20 de dezembro, e a prova deve ocorrer entre o final de fevereiro e meados de março.

O Concurso Nacional Unificado será um grande evento, pois ocorrerá em aproximadamente 180 cidades, de forma concomitante.

A pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), foi incluída a cidade de São Miguel da Cachoeira, no Amazonas, onde há uma grande população indígena.

A ideia do governo é que o concurso unificado se torne a a principal forma de fazer seleção de servidores públicos federais, e que ele seja repetido anualmente ou a cada dois anos.

As instituições que aderiram ao Concurso são a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério da Gestão e Inovação e transversais, o Ministério da Saúde, o Ministério do Trabalho e Emprego, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério da Cultura, a Advocacia-Geral da União, o Ministério da Educação, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério do Planejamento e Orçamento.

 

Com informações da Agência Brasil

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  1. Acho que a desinformação cegou alguns : os cargos que militares e petistas ocupam não são sujeitos a concurso público.

  2. Precisamos saber os tipos de perguntas que serão feitas. Inadmissível usar critérios de seleção e admissão ideológicos. Numa época de contenção de despesas o PT cria um novo trem da alegria! Viva a LavaJato!

  3. Abrir concurso para preencher vagas de emprego gerando oportunidades aos jovens recém formados é muito saudável. Banir a milicada que foi colocada em postos civis é fundamental. Chega de militares ocupando cargos na administração pública sem concurso e preparo.

  4. Vai ser uma farra de distribuição de cargos. Como bem está no título da matéria: " Cabide de emprego". Vai ser um tal de vazar provas e gabaritos para os amigos e "companheiros". Mais um monte de incopetentes na administração pública e, mais uma enxurrada de ações na justiça contra a a falta de transparência na divulgação dos "fantasmas de concurso" aprovados. Concurseiros! A Porteira será aberta. Fiquem atentos.

  5. Os ministérios mencionados precisam de servidores com conhecimento específico e de apoio. Tratar essa matéria por atacado aumenta o risco de ineficiência na contratação

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