Agência Brasil

Novo conselho tem brecha para indicações políticas no Coaf

20.08.19 10:59

A medida provisória que transfere para o Banco Central (foto) o Conselho Consultivo de Movimentações Financeiras, o Coaf, cria uma brecha para indicações políticas no órgão.

A MP publicada no Diário Oficial desta terça-feira, 20, estabelece um conselho deliberativo a ser composto pelo presidente do Coaf e por oito a 14 “cidadãos brasileiros com reputação ilibada e reconhecidos conhecimentos em matéria de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo ou ao financiamento da proliferação de armas de destruição em massa”.

Os integrantes do conselho não seriam remunerados pelo trabalho e poderiam aplicar sanções a quem praticar lavagem de dinheiro ou omitir informações sobre movimentações de valores às autoridades federais. Até agora, o Coaf era composto apenas por servidores de carreira e representantes de órgãos ligados ao combate de crimes financeiros.

Na manhã desta terça-feira, 20, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro defendeu que os indicados para o Coaf sejam concursados do Banco Central. “Deve ser um dos concursados do BC, eu não conheço ninguém do BC, acredito no Roberto Campos (Neto) para fazer bom trabalho”, declarou o presidente. “Está resolvida a questão do Coaf”, afirmou.

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