Foto: Gage Skidmore

Na quarta ele (Donald Trump) não vai

21.08.23 10:13

Donald Trump (foto) está tão à frente na preferência do eleitorado do Partido Republicano dos EUA que decidiu não ir ao primeiro debate entre candidatos nas primárias da legenda. Ainda que ele não vá, o presidente americano entre 2017 e 2021 deverá ser o centro do debate realizado pela Fox News nesta quarta-feira (23).

Em um sinal de abalo nas relações entre ele e o canal que foi sua principal base de apoio durante seu governo, Trump estará na mesma hora do debate no programa de Tucker Carlson. O apresentador, que era a principal estrela no canal até sua rumorosa demissão neste ano, agora apresenta um programa independente no X, o site anteriormente conhecido como Twitter.

O ex-presidente aparece, no agregador de pesquisas do site Fivethirtyeight, com 54,3% das intenções de voto entre os eleitores do partido, quase 40 pontos percentuais acima de Ron DeSantis, o governador da Flórida que tenta se viabilizar como o principal substituto de Trump. Com tamanha vantagem entre eleitores do partido, Trump tende a evitar o confronto direto com seus concorrentes.

Os eleitores, no entanto, parecem rejeitar tal possibilidade, já que o empresário vem crescendo nas últimas semanas e DeSantis vem patinando. Por isso, no debate desta semana, ele deve travar maiores debates contra Vivek Ramaswamy, empresário de 38 anos que tem 8% das intenções de voto.

Trump deve manter sua candidatura sem maiores problemas, apesar de seus crescentes problemas com a justiça dos EUA. Uma condenação em algum dos casos abertos nas justiças estaduais de Nova York e Geórgia devem manchar sua imagem, mas nem uma eventual prisão irá impedi-lo de chegar até a Casa Branca pelo voto.

O único caso que de fato representa uma ameaça é a sua possível participação na invasão do Capitólio, em 6 de Janeiro de 2021. Como há uma emenda à Constituição proibindo a posse em qualquer cargo civil ou militar de quem tenha tentado insurreição contra o país, este julgamento contra Trump — marcado para maio de 2024 — deve ser central na disputa eleitoral, marcada para novembro.

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