Foto: Clarín/Domínio Público via Wikimedia CommonsMaradona, em 1986. Para Milei, o homem que "inalou" 57 kg

“Maradroga”: Milei já ironizou Maradona em comparação com Pelé

31.10.23 11:07

Javier Milei chega ao segundo turno das eleições presidenciais da Argentina contra Sergio Massa, o atual ministro da economia. Neste ponto da campanha, todo cuidado é pouco com seu discurso — logo, não ajuda uma postagem de 2016 do seu Twitter, recuperada por seguidores, onde ele dirigia críticas a ninguém menos que Diego Maradona, o mais longevo ídolo esportivo do país.

Milei não apenas chama o ex-jogador (à época vivo) de “Mar de Droga”, mas o comparou, pejorativa e negativamente contra Pelé, o maior jogador brasileiro.

Overdoses? Seriam 12 de Maradona e nenhuma de Pelé. “Inalações” seriam 57 kg (provavelmente se referindo ao antigo vício do ex-jogador argentino em cocaína). “Beijos a homens na boca”, o que aparentemente seria um problema para o então economista e polemista de TV, seriam “muitos” a “nenhum”. E gols e conquistas — as únicas medidas apresentadas por Milei e que de fato podem ser apuradas e comparadas entre o brasileiro e o argentino — dariam vantagem a Pelé.

Milei estava pegando no pé do Pibe, também conhecido por seu posicionamento político antagônico ao do hoje presidenciável. Abertamente peronista, o ex-meio-campista tinha uma amizade aberta e muito próxima com o ditador cubano Fidel Castro, morto em 2016, além de uma tatuagem de Che Guevara, o líder guerrilheiro argentino, no braço direito. Maradona morreu em 2020, em sua mansão no bairro de Tigre, em Buenos Aires, de uma parada cardíaca, aos 60 anos.

No mesmo dia ele também comparou as careiras europeias de Maradona e Messi. “Que espancamento”, escreveu. Os dados não contam que Messi, hoje alçado ao cargo de sucessor natural de Maradona, começou sua carreira profissional diretamente na Europa, pela equipe do Barcelona. O Pibe jogou por Barcelona e Napoli, antes de uma apagada passagem pelo Sevilla.

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  1. Confesso que fiquei orgulhosa de ver esse comparativo que Milei preparou. Nunca fui com a cara do Maradona. Ainda bem que nosso Pelé continua sendo o Rei

  2. Sem dúvida. um artista da bola movido a tóxicos pesadíssimos desde sempre. A mídia hipócrita sempre fez cara de paisagem sobre o assunto. Armando Nogueira, dono do jornalismo global na ditadura desancou um campeão olímpico fundista, negro, em pleno Jornal nacional por ter sido pego no doping. O Maradona foi "perdoado" por ser "gênio". Triste, né? O Maradona é a cara da mídia brasileira do futebol. Cínico!

    1. Caramba... eu nunca havia me dado conta de que o Maradona - muito menor que o Pelé - é também menor que o Messi (que também é menor que o Pelé)!

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