Casa Branca

Israel busca alternativa à Autoridade Palestina na Faixa de Gaza

04.05.24 09:21

Uma das principais questões a serem resolvidas na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas é quem ficará encarregado de governar a Faixa de Gaza quando a paz voltar.

Pelos Acordos de Oslo, assinados em 1993 na Noruega, com apoio americano, essa responsabilidade deveria ficar com a Autoridade Palestina, AP (na foto, o presidente americano Joe Biden visita o palestino Mahmoud Abbas, em Belém).

A AP foi uma maneira de dar autogoverno aos palestinos nas regiões da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Contudo, após um golpe de Estado do Hamas, em 2007, a AP foi expulsa de Gaza.

O governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, contudo, parece não confiar na AP para assumir novamente essa função.

No dia 1º de maio, autoridades israelenses teriam dito aos americanos que, caso o Tribunal Penal Internacional, TPI, emita um pedido de prisão contra Netanyahu, o país tomaria medidas punitivas contra a AP. Essa informação foi dada pelo site americano Axios.

Na cabeça dos israelenses, a AP estaria estimulando o TPI a tomar medidas contra Netanyahu e outros membros de seu governo.

Segundo o Axios, uma das formas de punir a AP seria congelando as transferências de impostos coletados em Israel para a entidade.

 

Conversa com países árabes

Uma reportagem do New York Times de sexta, 3, afirma que o governo israelense estaria negociando com países árabes, como os Emirados Árabes Unidos, o Egito e a Arábia Saudita, um plano para compartilhar o controle da Faixa de Gaza após a guerra.

Uma coalizão de países ficaria encarregada de comandar o sistema educacional, reconstruir o país e manter a ordem, enquanto as Forças de Defesa de Israel continuariam autorizadas a operar no território.

Ao mesmo tempo, está se cogitando uma aproximação diplomática entre Israel e a Arábia Saudita, que poderia resultar em um acordo de paz.

Segundo o jornal, Netanyahu não tem conversado com outras pessoas de seu governo, que poderiam se opor ao plano.

Para oficiais árabes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, contudo, o plano de Netanyahu é impraticável, porque não definiria um caminho para o reconhecimento de um Estado palestino.

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