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Extremista que zombou de mulher israelense lamenta morte de terroristas

03.01.24 15:09

O extremista José Marcos Tenório, também conhecido como Sayid Tenório (na foto, à direita), lamentou nas redes sociais a morte de Saleh al-Arouri, o número 2 do Hamas que vivia em Beirute, no Líbano. Ele também comemorou o atentado contra Israel em 7 de outubro e recordou o ataque americano que, segundo ele, “martirizou” o comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Qassem Soleimani, em 2020. Em uma cerimônia em um cemitério iraniano para lembrar a morte de Soleimani nesta quarta, 3, duas explosões deixaram mais de 100 mortos.

Tenório ganhou fama nacional no ano passado após ter zombado de uma mulher sequestrada por terroristas do Hamas ao sul de Israel e levada para a Faixa de Gaza, no atentado de 7 de outubro. “Isso é marca de merda. Se achou nas calças“, escreveu Tenório à época.

Em seguida, foram reveladas fotos de Tenório sendo recebido por Alexandre Padilha (na foto, à esquerda), ministro de Relações Institucionais do governo Lula. Com um currículo extenso na política, em que foi secretário parlamentar de Jilmar Tatto, do PT, chefe de gabinete de uma subsecretaria no governo de Dilma Rousseff, funcionário do gabinete de Gastão Vieira, do Pros do Maranhão, e secretário parlamentar do deputado Márcio Jerry, do PCdoB, ele acabou sendo demitido deste último posto após os textos sobre a situação da mulher israelense sendo levada pelos terroristas.

Mesmo demitido, Tenório mantém no X, antigo Twitter, a conta “Sou Palestina“. Nela, ele publicou uma foto com o filho, Marquinhos Tenório, juiz em Pernambuco (na foto, à direita), em 2014.

 

ReproduçãoReproduçãoSayid Tenório com o filho, Marquinhos
 

Nesta terça, 2, Sayid Tenório divulgou uma nota de pesar do Hezbollah, o grupo terrorista libanês financiado pelo Irã, lamentando a morte de Saleh Al-Arouri e prometendo vingança.

Apresentamos as nossas condolências aos nossos irmãos do Movimento de Resistência Islâmica – Hamas, aos valentes combatentes das Brigadas Izz El-Din Al-Qassam, ao firme povo de Gaza, a honorável Al-Quds, aos feridos na Cisjordânia e a todas as facções e movimentos. de resistência e jihad na Palestina“, diz a nota do Hezbollah, compartilhada por Tenório.

A mensagem também traz ameaças do Hezbollah: “Nós, no Hezbollah, afirmamos que este crime não ficará, sem dúvida, sem resposta e impune. A nossa resistência permanece firme, orgulhosa e fiel aos seus princípios e compromissos que assumiu consigo mesma, pronta com a mão no gatilho e os seus combatentes no mais alto nível de prontidão e preparação“.

Nesta quarta, 3, Tenório divulgou um artigo de sua própria autoria, em que enaltece Qassem Soleimani, morto há dois anos pelos EUA e elogiou o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos. Israel é citado entre aspas, como se o país não existisse.

Os feitos da Resistência Palestina desde 7 de outubro vêm surpreendendo ‘Israel’ e o mundo pelos avanços tecnológicos militares das forças da Resistência. Seus combatentes vêm mostrando um elevado espírito de coragem, resiliência e de disposição ao martírio. Estes conceitos são indissociáveis na mente e ação dos combatentes da resistência, onde quer que ela ocorra”, escreveu Tenório.

Sayd Tenório é livre para ser um extremista nas redes sociais, como tantos outros desmiolados. O mais incrível, no seu caso, é que alguém com ideias tão radicais e arcaicas, que apoia o terrorismo em toda a sua desumanidade, tenha tido acesso por tanto tempo aos mais altos círculos do poder em Brasília.

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