Adriano Machado/Crusoé

Ex-diretor da Saúde já foi investigado por suspeita de corrupção em 2019

11.07.21 12:00

Acusado de cobrar propina na negociação de vacina pelo Ministério da Saúde, o ex-diretor de Logística da pasta Roberto Ferreira Dias (foto) já foi alvo de uma investigação da Polícia Federal por suspeita de corrupção, pouco tempo após ter assumido o cargo, no início do governo de Jair Bolsonaro, em 2019.

Naquele ano, a PF abriu um procedimento para apurar “suposta conduta de corrupção pelo diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias”, depois que ele entrou em contato direto com um fornecedor da farmacêutica brasileira Blau, que tinha contrato com a pasta para fornecer imunoglobulina. A substância é usada contra doenças inflamatórias.

O denunciante, cuja identidade foi mantida em sigilo, apontou “suspeita de
possível conversa para pagamento de vantagens ilícitas” no contato de Dias com representantes do laboratório coreano GC Pharma, dez dias após ele ter assumido o cargo na pasta. À época, o ministério enfrentava um problema com a falta do medicamento em seu estoque.

A PF afirma que após a investigação não encontrou nenhuma
irregularidade envolvendo Roberto Dias no caso. Acionado, o Ministério Público Federal concluiu que “não houve atividade criminal, mas apenas uma tentativa pouco convencional de sanar o problema com a empresa contratada para evitar esgotamento no estoque de imunoglobulina” e arquivou o inquérito.

No despacho, o procurador da República Andrey Borges de Mendonça afirmou que o caso pode ser desarquivado caso seja “verificada nova situação de possível ato para vantagem ilícita na compra desse medicamento ou com
essas empresas”.

Indicado ao cargo pelo Centrão e ligado ao líder do governo, Ricardo Barros, Roberto Dias foi exonerado do cargo há dez dias, após ser acusado pelo suposto vendedor de vacinas Luiz Paulo Dominguetti de ter cobrado propina na negociação de imunizantes da AstraZeneca, por meio da empresa americana Davati. Em depoimento à CPI da Covid, Dias negou a acusação e moveu uma queixa-crime contra Dominguetti, que é policial militar em Minas Gerais.

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  1. Não houve nada mas joga-se o assunto no ar. Impressionante como essa revista aderiu à grande imprensa. Não era para ser uma ilha? Lixo jornalístico tem de graça na internet.

    1. Como assim não houve nada!!! Então o ex diretor de logística encontra por acaso em um restaurante um suposto representante e com ele está um amigo que tem uma certa experiência no assunto. Esses contatos estão hospedado em frente ao restaurante. Meu Deus, você precisa ler e voltar para esse mundo. A única coisa que até agora aconteceu em relação a esse diretor, foi a prisão. O presidente da CPI foi abusivo, ele deveria te mostrado as provas solidas da mentira.

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