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Dono da Caoa se livra de interrogatório na Justiça

22.02.20 13:32

Suspeito de ter sua empresa beneficiada com a edição de uma medida provisória pelo governo Lula em 2009, o dono da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (foto) não deve ser ouvido na ação penal em andamento na Justiça Federal em Brasília.

O empresário chegou a ser denunciado por corrupção junto com Lula e outras seis pessoas pela suspeita de que houve um acerto de 6 milhões de reais para campanhas petistas, por meio do lobista Mauro Marcondes, para que a MP 471 fosse aprovada. A medida provisória foi sancionada em 2009 e prorrogou por cinco anos incentivos fiscais a montadoras, incluindo a Caoa.

O dono da montadora, porém, conseguiu se livrar da ação graças a um recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que trancou a acusação apenas contra ele. Foi diante desse cenário que o juiz responsável pelo caso, Vallisney de Souza Oliveira, indagou ao Ministério Público Federal e às defesas dos réus se eles tinham interesse no depoimento do empresário. Nem a acusação e nem a defesa, porém, disseram que era necessário ouvi-lo.

Na quarta-feira, 19, Lula foi interrogado justamente nesse processo. O petista voltou a negar qualquer envolvimento nos crimes, classificou de mentirosa a acusação e acabou surpreendido pelo procurador da República presente na audiência, Igor Miranda da Silva. O procurador afirmou que não foi o responsável pela denúncia, era negro, da periferia e tinha o dever de buscar a verdade.

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