CPI quer informações sobre campanha da Secom com dados distorcidos
A CPI da Covid pretende questionar a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência sobre uma campanha publicitária veiculada em agosto de 2020, na qual o governo federal adotou tom de celebração ao divulgar a informação falsa de que, com 100 mil mortes decorrentes da Covid-19, o Brasil detinha um dos menores índices de óbitos por...
A CPI da Covid pretende questionar a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência sobre uma campanha publicitária veiculada em agosto de 2020, na qual o governo federal adotou tom de celebração ao divulgar a informação falsa de que, com 100 mil mortes decorrentes da Covid-19, o Brasil detinha um dos menores índices de óbitos por milhão de pessoas.
No entendimento de senadores, os dados foram distorcidos pela Secom para levar a população brasileira a acreditar que o país estava em uma situação mais confortável em meio à pandemia. O requerimento, de autoria do senador Alessandro Vieira (foto), do Cidadania, elenca oito perguntas.
Em uma das publicações questionadas, a Secom usou como referência o ranking das grandes nações, que reúne 14 países com mais de 100 milhões de habitantes. Embora a pasta tenha veiculado que o Brasil detinha índices favoráveis, o país ocupava, nesta lista, a segunda colocação em mortes provocadas pelo coronavírus, atrás somente dos Estados Unidos.
Em outra postagem, a Secom escreveu que "dizer que o Brasil é um dos países com a pior situação na Covid com base em números absolutos é desonestidade e desprezo pela ciência e pela realidade". Na ocasião, porém, o Brasil estava em segundo lugar no ranking total de mortes e em 11º na lista de óbitos por milhão de pessoas, em comparação a aproximadamente outros 200 países.
"Além disso, a Secom fazia a afirmação de que o Brasil tinha um dos
menores números de mortos por milhão entre grandes nações (o que é falso)
enquanto mostrava um gráfico comparando o Brasil a San Marino (que tem
aproximadamente 34 mil habitantes) e Andorra (aproximadamente 77 mil
habitantes)", sublinhou Alessandro Vieira.
O senador quer que a Secom entregue à CPI e-mails ou outros registros equivalentes que tratem da encomenda, elaboração e entrega da campanha e elenque o nome dos responsáveis pela redação e aprovação das postagens. Além disso, Alessandro Vieira planeja pedir as estatísticas completas de audiência das publicações.
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Comentários (4)
Alexandra
2021-07-31 04:07:50Torço para que a Secom seja punida pela comunicação criminosa de todas as suas pautas.
PAULO
2021-07-30 18:01:18Parabéns mais uma vez pela iniciativa, nobre senador por Sergipe, Dr. Alessandro Vieira.
Jose
2021-07-30 10:26:35Muito bom. Quero ver prisão em massa, incluindo a dos muares que disseminaram mentiras, tal como o Joãozinho Takagado Nyco Penyco!
MARIA
2021-07-30 09:22:46ACHO QUE NÃO VAI TER CADEIA PRA TANTA GENTE...