Agência Brasil

‘Chega de encrenca, quero dinheiro por dentro’, diz filha a Paulo Preto

06.07.19 07:10

A Polícia Federal encontrou no celular de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, conversas via Whatsapp em que sua filha, Priscila Arana, fala sobre dinheiro em espécie mantido em sua residência e diz ao pai querer receber “por dentro” para evitar “encrenca”. As mensagens foram obtidas na realização da operação Ad Infinitum que prendeu o ex-diretor da Dersa, estatal paulista, apontado como operador financeiro do PSDB, em fevereiro.

“Pai, vou pegar nota de tudo que eu pago em dinheiro (mesmo que demore). Vidraceiro, pintor, etc. Vou abater tudo e deixar zerado. Não quero nada na minha casa, nenhum tostão. Chega de encrenca, quero dinheiro por dentro. Cartão”, mandou a filha em 24 de janeiro para o pai.

Em outra mensagem na mesma data, diz a PF, Priscila dá a entender que mantinha dinheiro em espécie em casa. “(…)Quero ver o que faço para tirar isso da minha casa. O que quero é ter tudo por dentro. Passar cartão. Isso é lícito e declarado é inquestionável. Gosto de tudo direito!!!”, enviou ao pai.

Três dias antes da prisão do pai, em 16 de fevereiro, Priscila mandou outra mensagem para dizer que estava preocupada, pois sonhara com uma carta de Tarô que apontava para uma traição contra Paulo Preto. Segundo a mensagem, a filha teria visto o rosto do motorista da família, Rodnei Benedito. “(…) Ele pensava nas malas, nos documentos na casa dele, conversas suas no carro, ligações que ouviu, ele estava com muita raiva de você”, disse ao pai.

Paulo Preto responde à filha de forma enigmática: “São tantos que podem trair, porém são poucos. São tantos assuntos que podem divulgar, porém são poucos. Para divulgar possíveis irregularidades, precisa fazer parte também do ato, ou seja, delas”. Em seguida, na mesma mensagem, ele lista oito pontos sobre o “caso concreto”. Entre eles, um em que diz que as “malas e maletas todas com cadeados, pode um dia falar, comentar possível, porém improvável, tenho motivos para tal”.

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