Associação Médica diz que fake news de Bolsonaro sobre vacinas pode causar mortes

A Associação Médica Brasileira repudiou as notícias falsas divulgadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que associam a vacinação contra Covid à infecção pela Aids. Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, 25, a entidade afirmou que a divulgação de fake news “pode ocasionar mortes evitáveis entre os brasileiros por acometimento da Covid-19”.

Em uma live realizada em suas redes sociais na noite de quinta-feira, Bolsonaro afirmou que pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo o HIV “muito mais rápido do que o previsto”. Ele citou supostos relatórios oficiais do governo do Reino Unido. O Facebook e o Instagram derrubaram da internet a live de Jair Bolsonaro, por descumprimento das políticas da plataforma.

Sem citar o presidente da República, a Associação Médica Brasileira diz que “já são, no mínimo, centenas as inverdades sobre o SARS-CoV-2 alardeadas no Brasil por autoridades, cujo papel deveria ser resguardar e não expor a população a riscos”.

“Entre essas fake news , versões de que seria somente uma gripezinha e a defesa da eficácia do kit Covid. Agora, foi plantada a irresponsável e mentirosa notícia de que o uso das vacinas contra o vírus estaria levando à Aids. Algo despropositado, diametralmente oposto ao comprovado cientificamente e já desmentido por respeitáveis sociedades de especialidades médicas do país”, afirma a AMB, que reúne os médicos de todo o brasil. Outras entidades como a Sociedade Brasileira de Infectologia já haviam divulgado notas de repúdio com críticas às declarações do presidente.