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As falas de Bolsonaro que foram o estopim para a saída de Nelson Teich

05.05.21 12:08

Declarações de Jair Bolsonaro em lives, em conversas com apoiadores e em eventos com empresários levaram ao pedido de demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde. Em 13 de maio de 2020, dois dias antes de o oncologista anunciar que deixaria o cargo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no Palácio da Alvorada que seus ministros precisavam estar “afinados” com ele. À época, o Planalto pressionava o Ministério da Saúde pela liberação ampla da cloroquina, inclusive para casos leves de Covid.

No dia seguinte, Jair Bolsonaro participou de uma reunião com empresários, realizada por videoconferência. Nervoso, o presidente cobrou publicamente um protocolo para o medicamento. “Estou exigindo a questão da cloroquina. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar a cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal, via ministro da Saúde, vai dizer que é só para caso grave?”, questionou. “Eu sou comandante, sou presidente da República, para decidir, para chegar para qualquer ministro e falar o que está acontecendo. E a regra é essa, o norte é esse”, disse Bolsonaro.

Ainda no dia 14 de maio, o presidente falou sobre o caso em uma live transmitida em suas redes sociais. Ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, Bolsonaro deu um ultimato público ao então ministro. “Eu acho que amanhã, Teich dará uma resposta para a gente. Acho que vai ser pela mudança do protocolo. Para poder usar (a cloroquina) no início do tratamento”, disse Bolsonaro durante a transmissão, na véspera de o oncologista anunciar que deixaria o ministério.

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