Foto: Alan Santos/PR

Argentina: Macri descarta aliança com Milei

13.09.23 16:09

Em almoço público nesta quarta (13), o ex-presidente argentino Mauricio Macri (foto) ratificou apoio a Patricia Bullrich, candidata de sua coalizão (Juntos por el Cambio) à Presidência, e afirmou que não fará parte do governo de Javier Milei se o libertário, líder nas pesquisas, for o mais votado em outubro.

“Não vou aderir a nenhum governo”, declarou Macri ao ser questionado sobre a sua aproximação com o economista vencedor das primárias, com quem tem conversas particulares com alguma frequência, segundo o jornal Clarín. O ex-presidente acrescentou, porém, que respeita “aqueles que votaram em Milei”.

O ex-mandatário destacou a experiência de Bullrich, que já foi deputada e ministra da Segurança. ‘“Patrícia tem uma equipe ao seu redor e experiência, e esses são valores muito poderosos. Temos a possibilidade de fazer maioria na Cãmara, no Senado e entre os governadores, além do desejo de mudança profunda que a sociedade quer hoje”, disse Macri. Milei não tem experiência de governo, e muito dificilmente conseguirá obter maioria no Legislativo argentino.

O ex-presidente também fez uma autocrítica em relação às primárias, apesar de ele mesmo ter estimulado a disputa na coalizão entre Bullrich e o chefe de governo de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta: “As internas acabaram saindo muito caras para o Juntos por el Cambio. Perdemos o foco e o perfil”.

O Clarín acrescenta que Macri e Bullrich estão discutindo o posicionamento que os líderes de sua coalizão devem adotar contra Milei. O ex-presidente alega que uma forte oposição ao libertário pode gerar um efeito semelhante ao obtido por Jair Bolsonaro no Brasil quando se tornou presidente: Macri considera que, se o establishment político e econômico se unir contra Milei, isso vai fortalecer seu discurso contra a “casta política”, um dos cavalos de batalha da sua campanha.

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  1. A Argentina é muito importante para o Brasil, torço p que los hermanos encontrem seu caminho, longe das esquerdas pois c/ as esquerdas já vimos a merda que fizeram lá e aqui, na Venezuela e em Cuba, na Coréia do Norte e no Chile...Viva a LavaJato!

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