Apadrinhados de deputado do Centrão receberam R$ 7,5 milhões em créditos 'sob suspeita'
Como apoiador do governo Bolsonaro, o deputado federal e integrante do Centrão Sebastião Oliveira (foto) conquistou o direito de indicar afilhados políticos para postos-chave no governo federal. Entre eles, o Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco. Em maio, dias depois de Oliveira indicar Silvano Queiroga Filho e Schebna Machado de Albuquerque para o DER-PE, eles foram...
Como apoiador do governo Bolsonaro, o deputado federal e integrante do Centrão Sebastião Oliveira (foto) conquistou o direito de indicar afilhados políticos para postos-chave no governo federal. Entre eles, o Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco.
Em maio, dias depois de Oliveira indicar Silvano Queiroga Filho e Schebna Machado de Albuquerque para o DER-PE, eles foram alvos de buscas por suspeita de integrarem um esquema que desviou dinheiro das obras da BR-101 no estado.
Ao autorizar a quebra de sigilo e o bloqueio de bens dos dois apadrinhados pelo parlamentar do Centrão, o juiz Cesar Arthur Cavalcanti elencou uma série de transações nebulosas efetuadas pelos investigados. No total, eles teriam recebido 7,5 milhões de reais em créditos considerados sob suspeita em suas contas.
Queiroga Filho era o fiscal do contrato alvo de apuração. Já Albuquerque, o então ordenador de despesas. O primeiro, diz o juiz, recebeu junto com a esposa ao menos 3,1 milhões de reais de origem duvidosa. Além disso, ele mantinha uma extensa lista de bens como veículos, embarcações e imóveis registrados em nome de pessoas interpostas ou empresas.
“O sobredito casal ostenta patrimônio incompatível com os ganhos auferidos através de suas ocupações formais e lícitas”, diz trecho da decisão.
Albuquerque, por sua vez, recebeu ao menos 5,9 milhões de reais em suas contas. Desse total, 4,4 milhões de reais são, segundo o juiz, de “créditos questionáveis”. “Verifica-se relevante discrepância entre créditos em contas bancárias e rendimentos dos cargos que exerceu no período”, diz o despacho.
Segundo a PF, foram colhidos elementos que apontam para a “existência de suposto conluio entre funcionários públicos vinculados ao DER-PE e representantes do Consórcio Andrade Guedes/ASTEP”. A investigação ainda está em andamento e até o momento os crimes apurados são os de peculato, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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Comentários (5)
Sérgio
2020-11-29 19:32:51' E se gritar: pega ladrão. Não fica um, meu irmão...'
Maria
2020-11-29 09:02:26Esses políticos são todos farinha podre do mesmo saco. 🤮🤮🤮🤮
Fernando Oliveira
2020-11-28 20:56:56Diferentemente do que o jornalista menciona no primeiro parágrafo da reportagem, o Departamento de Estradas e Rodagem de Pernambuco não é um órgão federal.
MARCOS
2020-11-28 13:20:42Ainda bem que o comando está nas mãos de um juiz de primeira instância. Se fosse para as mãos do STJ ou do STF já estaria engavetado.
João
2020-11-28 08:40:01Está revista é tendenciosa na maioria absoluta de seus cronistas e jornalistas, achei que seria imune , mas infelizmente torce prata um lado