Foto: Sebastian Derungs/Fórum Econômico Mundial

Alvo de sanções, oligarca russo diz que sanções não funcionam

26.09.23 12:40

Dono de uma das maiores fortunas da Rússia, Oleg Deripaska (foto) afirmou ao Financial Times que foi um “erro” pensar que as sanções econômicas do Ocidente poderiam impedir a guerra na Ucrânia.

Ao jornal britânico, o oligarca, que também é alvo de sanções pessoais dos Estados Unidos e da União Europeia por sua ligação com Vladimir Putin, disse que um “instrumento do século 19” não poderia ser eficiente e apontou os investimentos do Kremlin na indústria para explicar a “resiliência” da economia russa.

“O capitalismo de Estado criou estes enormes conglomerados com baixa produtividade, baixas taxas de utilização e baixos salários. Hoje fiquei surpreso ao ver que em algumas de suas fábricas os salários eram semelhantes aos salários [das empresas] que fundei na mesma região”, afirmou. “Eles têm dinheiro, vão recrutar, vão competir.”

“Acreditar que as sanções irão parar [a guerra] ou criar uma mudança de regime, ou, de alguma forma, aproximar-nos do fim do conflito. Não. Precisamos de outra solução”, acrescentou.

Para Deripaska, a vasta riqueza de recursos naturais da Rússia torna o país muito atrativo a seus parceiros do sul global. Segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, o comércio com Pequim cresceu 32% nos primeiros oito meses de 2023, para 155 milhões de dólares. Com a Índia, o comércio triplicou no primeiro semestre do ano, para 33 milhões de dólares.

O FMI projeta que economia russa crescerá 1,5% este ano e 1,3% no ano que vem.

Vale lembrar: o governo e a diplomacia brasileira também têm se oposto à sanções contra a Rússia, ao mesmo tempo em que assume o lado de Vladimir Putin na invasão da Ucrânia. Em seu discurso na ONU, Lula afirmou:  “As sanções unilaterais causam grande prejuízos à população dos países afetados. Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos“.

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  1. Se não funcionasse este pilantra não gritava MAS a invasão da Ucrânia pode repetir os tristes episódios gerados com a invasão da Polônia em 1939 e envolverá EUA, UE e CHINA e se tivéssemos um líder em vez de um idiota no trono como temos tudo deveríamos estar nos preparando para ser a grande nação do pós guerra e isto passa pela reestruturação econômica focada no imenso mercado interno mas o bando beócio quer que sejamos uma Cuba em vez de um novo EUA ... e a história se repete nas tragédias.

  2. As sanções realmente não estão funcionando, mas é melhor que uma guerra mundial. Vamos ver quem cansa primeiro. Enquanto isso a Ucrânia fica implorando apoio pra manter a guerra e evitar a rendição

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